quarta-feira, 12 de dezembro de 2007

Carta Aberta ao Secretário de Estado das Comunidade Portuguesas

Senhor Secretário das Comunidades Portuguesas. Dr. António Braga,

Creia que esta carta apenas pretende esclarecer e ajudar para que no futuro as Comunidades sejam ouvidas. São Elas que estão no terreno, são Elas que conhecem as dificuldades. Estarei sempre ao seu dispor para ajudar em assuntos que digam respeito às Comunidades. Permita que cite alguns factos.

No passado dia 24 de Setembro de 2007, quando Vossa Excelência reuniu em Lisboa, com o Conselho Permanente das Comunidades Portuguesas; tive a oportunidade de lhe falar sobre o assunto do/a consultor/a, referente ao Protocolo existente entre o Ministério da Educação de Portugal e o Departamento de Educação do estado de Massachusetts, USA. Nessa altura, Senhor Secretario deu-nos cópia do Diário da Republica, comprovando que a pessoa tinha sido nomeada com inicio das funções em 1 de Setembro do corrente ano. Disse ainda que, tinha sido feito concurso público, e que os candidatos tinham sido entrevistados. Imediatamente manifestei a minha discordância com um dos nomes que estava no Diário da Republica. Vossa Excelência pediu-me que lhe desse o ”BENEFÍCIO DA DÚVIDA”. No início discordei, mas, acabei por ceder.

Façamos agora uma pequena análise aos acontecimentos, desde 24 de Setembro, e hoje, dia 6 de Dezembro de 2007.

Hoje, estou na posse de documentos que lhe posso voltar a afirmar, que a pessoa em referência, não tem as necessárias qualificações nem perfil para ocupar tal posição. Também nunca foi entrevistada.

Quando Sua Excelência o Senhor Presidente das República, Professor Aníbal Cavaco Silva, visitou a Comunidade Portuguesa de Massachusetts, e se reuniu em Boston com os Conselheiros dos Estados Unidos, a 21 de Junho de 2007, já o Senhor Secretario de Estado devia ter os nomes das pessoas para fazer as nomeações; porque a 20 de Marco de 2007, quando Vossa Excelência me recebeu no seu gabinete, disse que tudo estava tratado.
Estranho que sendo a escolha feita dentro da comunidade luso-americana, o Senhor Secretário de Estado não nos tenha consultado nem sequer informado. Ter-se-ia evitado o mal-entendido que acabou por se verificar e que acaba por agravar um problema demasiado comprometedor para a nossa comunidade e para a relação de confiança que gostaríamos de manter com o Departamento da Educação de Massachusetts.

A confirmar tudo isto está o facto de só agora, em Dezembro de 07, a pessoa ter sido contactada pelo Ministério de Educação para ocupar a posição; depois de ter sido enviada uma carta para a Senhora Ministra de Educação com cc para o Ministério dos Negócios Estrangeiros e para a FLAD

Por fim, deu-se o inevitável. A pessoa não se sentiu confortável na posição (Consultora) que queriam que ela ocupasse. Não aceitou o lugar.

CONTINUAMOS SEM CONSULTOR/A PARA DESEMPENHAR FUNÇÕES NO PROTOCOLO.

Senhor Dr. António Braga, com toda a frontalidade e transparência, permita que lhe faça a seguinte pergunta! Será desta vez que Vossa Excelência nos vai consultar com a devida frontalidade e transparência?

Agradecendo antecipadamente a atenção que a este assunto possa dispensar, apresento os meus melhores cumprimentos,

Claudinor O. F. Salomão
Conselheiro das Comunidades
Estados Unidos e Bermudas

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