quinta-feira, 25 de outubro de 2007

Concubinato

As notícias que têm vindo, de novo, a público, e que não são desmentidas - porque ancoradas em escutas telefónicas -, do concubinato entre os maçons e o primeiro-ministro de Portugal, para destituir o Procurador-Geral da República, são um inequívoco sinal de promiscuidade e do descalabro moral a que chegou o Estado Português, na versão socialista.
Foram, agora, e mais uma vez, relembrados, - o que não é inocente, em consequência da guerra que se trava entre o poder político socialista, a Policia Judiciária e a estrutura da procuradoria da república -, factos que, em qualquer democracia, determinariam a queda do Governo e a realização de eleições. Como é de calcular, excluo deste leque as democracias populares e as dos países do chamado terceiro-mundo.
Os actos praticados, quer se queira, quer não, consubstanciam a prática de crimes, na forma tentada, contra o Estrado, contra a democracia e contra os portugueses.
Estes homens, que exercem cargos públicos, que controlam o aparelho do Estado e que decidem do nosso futuro colectivo, não possuem condições morais, éticas, políticas ou de qualquer outra espécie para continuar a exercer esses cargos.
Lamentavelmente, com a excepção de alguma imprensa ainda livre, a grande maioria dos media assobia para o ar e finge que nada aconteceu. Vivemos num País amordaçado, aterrorizado por um poder político autocrático e implacável.
Curiosamente, o PSD, que subscreveu o Pacto para a Justiça, e estou à vontade porque critiquei, sempre, esta fórmula difusa de desresponsabilização de quem exerce o poder, e em concreto discordei do Pacto para a Justiça, manteve, até agora, um silêncio ruidoso quanto a estes atentados à democracia e aos fundamentos do Estado de Direito.
O PSD concorda com a conspiração para correr com um Procurador-Geral que se tornou incómodo, mais pelas investigações que efectuou, do que pela sua incapacidade para lidar com a comunicação social?
O PSD aceita que o Director Nacional da Polícia Judiciária, segundo consta, tenha recebido pressões do embaixador britânico em Lisboa e que dê cobertura a um eventual crime de homicídio, mesmo que negligente?
O PSD aceita que o actual Procurador-Geral da República receba o advogado dos Mcann, antes de este partir para o Algarve a fim de os representar?
Quem manda no País? Serão os interesses económicos, subterrâneos, que minam e controlam a sociedade e amparam os políticos, como disse Joaquim Aguiar na SIC?
Até onde vai este lodaçal que corrói a democracia e apodrece a sociedade?
Quem impõe o medo? Quem persegue aqueles que dizem não? Ao serviço de quem está o sistema repressivo? Será que ainda vivemos numa democracia ou vivemos num enorme faz de conta? Responda quem souber, porque eu já acredito em tudo e no seu contrário.

Vítor Fonseca
vitor.m.fonseca@gmail.com
Desta terra sou feito,
Fragas são os meus ossos,
Húmus a minha carne.
Tenho rugas na alma
E correm-me nas veias
Rios impetuosos.
Dou poemas agrestes,
E fico também longe
No mapa da nação,
Longe e fora de mão...

Miguel Torga

TGV ou melhor qualidade de vida para os cidadãos

TGV - "TRAVAR PARA PENSAR
"Há uns meses optei por ir de Copenhaga a Estocolmo de comboio.
Comprado o bilhete, dei comigo num comboio que só se diferenciava dos nossos Alfa por ser menos luxuoso e dotado de menos serviços de apoio aos passageiros. A viagem, através de florestas geladas e planícies brancas a perder de vista, demorou cerca de cinco horas. Não fora ser crítico do projecto TGV e conhecer a realidade económica e social desses países, daria comigo a pensar que os nórdicos, emblemas únicos dos superavites orçamentais, seriam mesmo uns tontos. Se não os conhecesse bem perguntaria onde gastam eles os abundantes recursos resultantes da substantiva criação de riqueza. A resposta está na excelência das suas escolas, na qualidade do seu Ensino Superior, nos seus museus e escolas de arte, nas creches e jardins-de-infância em cada esquina, nas políticas pró-activas de apoio à terceira idade. Percebe-se bem porque não construíram estádios de futebol desnecessários, porque não constroem aeroportos em cima de pântanos nem optam por ter comboios supersónicos que só agradam a meia dúzia de multinacionais. O TGV é um transporte adaptado a países de dimensão continental, extensos, onde o comboio rápido é, numa perspectiva de tempo de viagem/custo por passageiro, competitivo com o transporte aéreo. É por isso, para além da já referida pressão de certos grupos que fornecem essas tecnologias, que existe TGV em França ou Espanha (com pequenas extensões a países vizinhos). É por razões de sensatez que não o encontramos na Noruega, na Suécia, na Holanda e em muitos outros países ricos. Tirar 20 ou 30 minutos ao Lisboa - Porto à custa de um investimento de cerca de 7,5 mil milhões de euros não terá qualquer repercussão na economia do País. Para além de que, dado hoje ser um projecto praticamente não financiado pela União Europeia, ser um presente envenenado para várias gerações de portugueses que, com mais ou menos engenharia financeira, o vão ter de pagar. Com 7,5 mil milhões de euros pode construir-se mil escolas Básicas e Secundárias de primeiríssimo mundo que substituam as mais de cinco mil obsoletas e sub dimensionadas (a 2,5 milhões de euros cada uma), mais mil creches inexistentes (a 1 milhão de euros cada uma), mais mil centros de dia para os nossos idosos (a 1 milhão de euros cada um). Ainda sobrariam cerca de 3,5 mil milhões de euros para aplicar em muitas outras carências, como a urgente reabilitação de toda a degradada rede viária secundária.
CABE ao Governo REFLECTIR.
CABE à Oposição CONTRAPOR.
CABE AOS CIDADÃOS MANIFESTAREM-SE!
CABE À TUA CONSCIÊNCIA REENCAMINHAR OU DEIXAR FICAR."

Visão - Edição Verde


Parabéns à revista "Visão" pela iniciativa e pelo bom trabalho jornalistico efectuado na área do Ambiente.

A não perder!


terça-feira, 23 de outubro de 2007

Terceiros mais pobres da Europa


Já somos os terceiros mais pobres de toda a Europa!

Mais pobres até do que os imigrantes que nos procuram!Só a Lituânia e a Polónia nos ganham em pobreza!
É um número que envergonha o País: de acordo com dados ontem divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), a população residente em situação de risco de pobreza era de 19% em 2005, ou seja, cerca de dois milhões dos residentes em Portugal eram pobres ou em vias de se tornarem pobres. Segundo o Inquérito às Condições de Vida e Rendimento, realizado em 2005, um quinto da população residente vivia em risco de pobreza. Este valor correspondia à proporção dos habitantes com rendimentos anuais por adulto inferiores a 4321 euros no ano anterior (cerca de 360 euros por mês), explica o INE, após as transferências sociais.Os idosos com mais de 65 anos e os menores de 16 anos registavam as taxas de pobreza relativa mais elevadas: 28 e 23%o, respectivamente.
Em comparação com outros países europeus, a taxa de risco de pobreza apenas era superior na Lituânia e Polónia, com 21% da população em risco.
Há, portanto, 2 Portugais:
O Portugal de mentirinha, que os políticos corruptos tentam vender à europa, como se fosse um país a sério.E o Portugal Real, em que a frieza dos números traz à evidência a rede intrincada de sucessivas mentiras e aldrabices com que os governantes - e a comunicação social por eles controlada - continuam a urdir para manter este povo permanentemente alienado. Viva, pois, este Portugal da plena miséria intelectual e económica!

Doentes com artrite

Doentes com artrite eram excluídos
"Vem resolver um problema de desigualdade gritante no acesso" aos tratamentos. É desta forma que o reumatologista António Vilar comenta a decisão do Governo de disponibilizar gratuitamente os medicamentos para a artrite reumatóide e outras quatro doenças (espondilite anquilosante, artrite psoriática, artrite idiopática juvenil poliarticular e psoríase em placas) nos hospitais, mesmo quando a receita é de um especialista externo. O médico explica que estes medicamentos já eram gratuitos, contudo, na prática, era como se não fossem. Como estavam apenas disponíveis nas farmácias hospitalares, os doentes só podiam obtê-los, gratuitamente, se fossem receitados por um especialista do próprio hospital. E não podiam comprá-los. O problema é que a esmagadora maioria dos pacientes é tratada fora destas unidades, explica, como no Instituto Português de Reumatologia. Uma situação que há seis anos tem feito a Associação Nacional de Doentes com Artrite Reumatóide (ANDAR) desdobrar-se em pedidos à tutela para ver a situação resolvida. António Vilar vê ainda com bons olhos a decisão de cobrar os tratamentos, não ao hospital, mas à Administração Regional de Saúde. E lembra que havia até aqui um claro efeito de "funil" no acesso, porque cada autorização de dispensa estava envolta em "burocracias". "Nos primeiros seis meses do ano passado, os Hospitais da Universidade de Coimbra não tinham um único doente em tratamento com remédios biológicos. Alguém acredita que em todo o centro não havia nenhum doente?", exemplifica. O médico espera agora que a lista seja alargada a outros fármacos, além do que integra a portaria assinada pelo Ministério da Saúde, divulgada ontem pelo DN.

quinta-feira, 18 de outubro de 2007

O Tsunami de Pinto Monteiro


A entrevista de Pinto Monteiro ao semanário Sol desencadeou ondas de choque que, e é esta a minha convicção, foram previstas pelo próprio e devidamente avaliadas para produzir os efeitos que se tornaram evidentes face às múltiplas reacções, desde as corporativas às políticas, passando pela ténue manifestação de inquietação da Ordem dos Advogados.
O próprio Presidente da República classificou as declarações do PGR como “matéria de grande delicadeza”, o que nos dá a dimensão do que foi dito e da sua relevância no quadro da luta pelo poder e dos ímpetos de algumas forças para coarctar os direitos, liberdades e garantias dos cidadãos, com recurso a meios ilegítimos e danosos para a democracia formal, porque a outra há muito que já rumou a paragens longínquas.
Pinto Monteiro, que não é ingénuo, nem distraído, deixou um recado claro e inequívoco ao Director da Policia Judiciária e à estrutura que controla as escutas. E o recado é muito simples, deixem-se de brincadeiras, parem de me escutar, que eu sei e escusam de o fazer para me pressionar no que quer que seja.
Isto é, Pinto Monteiro deu dois sinais, um que não tem medo do poder que alguns sectores exercem, à margem da lei, outro que pretende metê-los na ordem.
Em simultâneo, deixou um recado ao poder político, de que se afirma distante e independente que, ou estão com ele, ou deixam de contar com a sua colaboração para acabar com a ilegalidade das escutas em pré-inquéritos, em acções secretas, em actos de mero controlo da vida dos cidadãos, à pesca de algo, nem que seja para exercer uma pressãozinha, através da divulgação dessas escutas, normalmente descontextualizadas e seleccionadas milimétricamente.
E, chegados aqui, entramos na questão do Código de Processo Penal e na penalização da divulgação da transcrição das escutas.
O magno problema desta medida, é que impede os manipuladores das escutas, aqueles que fazem escutas ilegais, de as fornecerem aos jornalistas para, desse modo, assassinarem psicologicamente cidadãos, uma vez que os jornais não as podem transcrever.
Ou seja, aqueles que se apoderaram de um instrumento de controlo da vida dos portugueses e que têm, até aqui, utilizado esse meio a seu belo prazer, perdem esse domínio porque o mensageiro não pode levar a mensagem. E eles, despidos do poder de destruir cidadãos, ficam com uma mão cheia de nada.
Pinto Monteiro foi incisivo e colocou o dedo na ferida que putrefaz o Estado de Direito, isto é, alertou para o facto de a democracia se confrontar com um poder ilegítimo que, em nome da defesa dessa democracia, a corrompe.
Torna-se premente que Pinto Monteiro e o Governo vão mais longe e ponham termo a este cancro antidemocrático.
Vítor Fonseca
vitor.m.fonseca@gmail.com

Al Gore - Prémio Nobel da Paz


"Uma pessoa com uma convicção tem tanta força como 99 outras que apenas tenha interesses"

John Stuart Mill

quinta-feira, 11 de outubro de 2007

Uma escola de proximidade

As propostas que o Presidente da República apresentou no dia da República não são novas, nem originais, apesar de merecerem outra leitura vindas de quem vêm.
Desde há muito tempo, ainda Cavaco Silva era primeiro-ministro, que muitos defendiam a implosão do “monstro” da 5 de Outubro – vejam lá as voltas do Mundo – e a descentralização da educação, com a passagem para o poder local da responsabilidade na gestão das escolas e na contratação dos professores.
Esta mudança de paradigma, como descobriu, agora, José Manuel Fernandes, - certamente porque andou distraído durante muitos anos -, com o apelo a uma nova forma de cidadania, representa o pensamento de todos os que sempre contestaram um ministério descontrolado, repleto de parasitas, disfuncional, afastado da realidade da nossa sociedade e, além do mais, dissipador até dizer basta.
Já que se fala em mudança de paradigma, seria útil que o Tribunal de Contas viesse dizer aos portugueses o custo, desde 1974, dos erros, dos disparates e da inépcia de quem governou, da 5 de Outubro, o ensino no nosso País. E que o Tribunal de Constas apresentasse um estudo da relação custo/benefício, ou seja, quais as vantagens do sistema educativo na formação dos portugueses e quais os ganhos de produtividade fruto do sistema de ensino.
Só por curiosidade, este estudo deveria ser comparativo com os restantes países da União Europeia e fazer a análise dos benefícios técnicos da formação, sector em foram gastos milhões de euros.
Se é para mudar de paradigma e devolver a cidadania aos cidadãos, então que se vá até ao fim e não se tenha medo de chamar os nomes às coisas e dizer de quem é a responsabilidade, ao longo dos anos, do estado caótico a que chegou o ensino em Portugal.
E, a este propósito, talvez fosse útil dar ouvidos a Medina Carreira, que defende, e bem, a aposta nas escolas técnicas, como factor essencial à produtividade e à melhoria do ensino em Portugal.
Estou certo que Cavaco Silva, que estudou no ensino comercial, uma das vertentes do ensino técnico, não diria que não a esta aposta.

Vítor Fonseca
vitor.m.fonseca@gmail.com

segunda-feira, 8 de outubro de 2007

domingo, 7 de outubro de 2007

Porto Canal


"Especial Debate", programa semanal no Porto Canal

07-10-2007
Debate sóbrio e esclarecedor, dirigido pela jornalista Leonor Ferreira, sobre as diversas questões que se colocam ao PSD neste momento, ao seu Grupo Parlamentar e ao seu actual líder.
Pontos de vista do norte do País que nos convida a outro olhar.

Crenças

"Acredite apenas no que seus olhos vêem e seus ouvidos ouvem!
Também não acredite no que seus olhos vêem e seus ouvidos ouvem!
Saiba também que não crer algo significa algo crer!"
Bertolt Brecht

segunda-feira, 1 de outubro de 2007

Myanmar, milhares de mortos massacrados


"Myanmar: Milhares de mortos no massacre lançados na selva.
Milhares de manifestantes morreram em Myanmar nos protestos contra a junta militar que governa o país, tendo centenas de corpos de monges executados sido lançados na selva, noticia hoje o Daily Mail, citando um antigo membro agente secreto da junta birmanesa, Hla Win.
«Foram mortas nos últimos dias muito mais pessoas do que vocês ouviram dizer. Podem ser contados alguns milhares de corpos», disse Hla Win, o oficial dissidente de mais alta patente até à data.
Win, que falava em conjunto com um diplomata sueco que afirmava que a revolta tinha falhado, disse que fugiu quando lhe foi ordenado que participasse no messacre dos monges.
O ex-oficial já se encontra na fronteira com a Tailândia."
"República independente desde 1948, Myanmar é governada com pulso de ferro por uma Junta Militar, há 45 anos. No poder em 1962, com um golpe militar, os generais assumem os destinos do país (ainda com a designação Birmânia). Ne Win inaugura o que classifica como “a via birmanesa para o socialismo” – nacionaliza a economia, cria um Estado unipartidário e extingue a imprensa independente. Está instalada a ditadura. Aung San Suu Kyi é a face visível da oposição ao regime, desde o final dos anos 80, quando a população acorda de um estado letárgico de 26 anos, desde o início da ditadura de Ne Win. Quase 30 anos depois do golpe militar de 62, o general convertera um dos países mais prósperos da Ásia num dos mais pobres do Mundo. Nas universidades, começam os primeiros protestos pró-democracia, detonados pela degradação da economia. Agosto de 1988 fica registado na História, com centenas de estudantes a morrer às mãos da repressão militar contra as manifestações, em Rangun. Conscientes da febre revolucionária que se vive no país, os generais convocam eleições livres, mas sem imaginar a dramática derrota que esperava o regime: A Liga Nacional pela Democracia (LND) conquista 396 dos 485 assentos parlamentares. Ainda assim, os militares negam-se a transferir o Governo. A Junta Militar permanece, ilegalmente, no poder. É redigida uma nova Constituição e os deputados eleitos da LND constituem um Governo no exílio. Em 1989, a Junta adopta a designação de Myanmar, em vez de Birmânia.Em 1991, Aung San Suu Kyi, líder da LND, símbolo internacional da resistência pacífica e filha do general Aung San – herói da independência - recebe o Nobel da Paz, sob prisão domiciliária que se prolonga até à actualidade. Em 2006, é pela primeira vez permitido o contacto internacional de Suu Kyi, numa entrevista com o enviado especial das Nações Unidas. “A revolução de açafrão” Os protestos começaram em Agosto deste ano, num movimento contras as duras medidas económicas impostas pelo regime – que eleva em 500 por cento o preço dos combustíveis (petróleo e gás). Centenas de activistas são presos. Em Pakokku, um grupo de monges sai às ruas reclamando democracia, recebendo como resposta a agressão do Exército (em Myanmar, os monges - cerca de 400 mil - são tradicionalmente venerados, pelo que a sua participação nos protestos tem um peso significativo).O gesto do regime indigna religiosos e população civil. É exigido ao Governo um pedido de desculpas mas, findo o prazo dado para o efeito, os monges saem às ruas, apoiados por milhares de civis. A cor das suas túnicas apelida a revolução que encabeçam de “revolução de açafrão”. Com o passar dos dias, as marchas de protesto budistas ganham politização, com elementos da Liga Nacional pela Democracia entre os manifestantes. Entre 50 a cem mil pessoas saem às ruas de Rangun. O Exército ameaça recorrer à força. Monges e população resistem, desafiando o regime repressivo de mais de quatro décadas."

Movimento dos Trabalhadores Portadores de Deficiência em Defesa dos Benefícios Fiscais

A humanidade passa, hoje, pela maior possibilidade de mudança da história, através de todos os meios de informação, passa, também, pela maior crise de normose, autismo e indiferença, na sua postura para consigo própria e com o meio.
Este blogue tem a pretensão de alertar, partilhar e informar, meios que contribuam para a um novo paradigma social, uma nova consciência que conduza a uma sociedade mais equilibrada, à responsabilidade de cada individuo pela sua contribuição para uma humanização que urge, à dignidade e respeito pela vida humana e pelo planeta Terra que habitamos.

Recebi um mail do Movimento dos Trabalhadores Portadores de Deficiência em Defesa dos Beneficios Fiscais, denunciando a redução dos beneficios fiscais, no Orçamento de 2007, os beneficios que os portadores de deficiência tinham direito desde 1988 e sugerindo a divulgação da sua causa através do seu blog:

http://mtpd.blogspot.com


"Somos o Movimento de Trabalhadores Portadores de Deficiência em Defesa dos Benefícios Fiscais (MTPD-BF), um movimento cívico, independente e apartidário, criado com o fim específico de lutar contra as drásticas reduções dos benefícios fiscais em sede de IRS, de que beneficiávamos desde 1988, impostas pela Lei do Orçamento de 2007.O agravamento dos impostos resultante destas alterações pode ultrapassar os 700% no caso dos rendimentos do trabalho e 900% no caso das pensões. Os custos da deficiência não se limitam aos custos de saúde, embora as pessoas com deficiência sejam as primeiras vitimas do encarecimento e entraves de acesso aos cuidados de saúde que estão a verificar-se.Para além destas, os cidadãos com deficiência e as suas familias, estão sujeitos a um conjunto de despesas acrescidas para poderem usufruir de um nível de vida mais próximo do dos restantes cidadãos. Custos de transporte, aquisição de serviços vários (já pensou que um professor cego tem de pagar a alguém para lhe ler os trabalhos dos alunos? Que um deficiente motor tem de viver numa casa adaptada?), elevam os custos da deficiência a níveis estimados, em Espanha, (para Portugal não conhecemos tais estudos...) para um cego total, em 25000 euros por ano.Qualquer trabalhador que tiver a infelicidade de ter um acidente ou de contrair uma doença incapacitante constatará o que afirmamos. Não podemos, por isso, aceitar que o Governo reduza, a partir de 2009, para um máximo de 100 euros mensais os referidos benefícios. Com tal valor, o Governo vai baixar drasticamente os rendimentos e a qualidade de vida de quem deu toda a vida, e continua a dar, um esforço acrescido para produzir o mesmo que os demais, apesar dos obstáculos, e que só dessa forma conseguiu aceder e se mantém no mercado de trabalho.Afirmando pretender uma mais justa repartição dos recursos, o Governo faz, de facto, pesar unicamente sobre os deficientes que trabalham o custo da solidariedade que deveria ser alargado a toda a comunidade. Exigimos a reposição dos benefícios fiscais na Lei do Orçamento de 2008! Apoie a nossa causa! A nossa luta de hoje pode ser a garantia do seu amanhã!"

in http://mtpd.blogspot.com/