segunda-feira, 17 de setembro de 2007

Metade do poder de compra em Portugal concentra-se em 20 concelhos

Em 2005, metade do poder de compra nacional estava concentrado em 20 concelhos, e apenas 43 municípios do país, a maioria com mais de 10 mil habitantes, apresentavam um poder de compra por habitante superior à média nacional. Os números são de um estudo hoje divulgado pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).
Na sétima edição do estudo sobre o poder de compra, referente a 2005, o INE disponibiliza os dados relativos ao poder de compra por habitante, percentagens relativas em termos nacionais e ao factor dinamismo relativo, que mede o poder de compra decorrente dos fluxos populacionais de cariz turístico, para todos os municípios do país.
Relativamente ao poder de compra por habitante, dos 308 municípios portugueses apenas 43 ultrapassam os valores médios nacionais.
No topo do ranking estão Lisboa, que excede o dobro da média nacional, Oeiras (cerca 73 por cento acima da média), Porto (64 por cento), Cascais (57 por cento), Faro (48 por cento), Alcochete (41 por cento), Albufeira (38 por cento, Coimbra (38 por cento), Funchal (34 por cento) e Montijo (33 por cento acima da média). Já os 10 concelhos com menor poder de compra - Resende, Freixo de Espada à Cinta, Terras de Bouro, Ribeira da Pena, Cinfães, Sernancelhe, Celorico de Basto, Nordeste, Carrazeda de Ansiães e Vinhais - apresentam valores muito abaixo da média nacional. Em termos percentuais, avança o estudo do INE, o concelho de Lisboa concentrava em 2005 mais de 10 por cento do total do poder de compra nacional, Sintra e Porto na ordem dos 4 por cento, Oeiras e Cascais perto de 3 por cento, Vila Nova de Gaia, Loures, Almada, Matosinhos e Amadora cerca de 2 por cento.
Sobre o factor dinamismo relativo, ligado ao turismo, o INE identificou no top 10 do ranking Óbidos e nove concelhos algarvios - Albufeira, Lagoa, Loulé, Vila do Bispo, Lagos, Portimão, Vila Real de Santo António, Aljezur e Castro Marim.
Apesar de os valores mais baixos para este indicador terem sido registados em Lisboa, Coimbra e Oeiras a actividade turística nestes municípios não é "irrelevante", lê-se no relatório do INE. "A influência deste tipo de actividade fica diluída no elevado poder de compra aí manifestado regularmente".

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