"Tudo começou com as unidades móveis de comunicação. Na espiral de mercado, esta tecnologia incorporou uma crescente gama de equipamentos que nada tinham a ver com o objectivo inicial de telefonar. As imagens em tempo real provocaram os primeiros impactos nas relações humanas mais instáveis, era agora possível exigir ao outro que mostrasse onde se encontrava num dado momento. Com a incorporação de sistemas de localização por satélite, o controlo tornou-se invisível e permanente. Alguém obsessivamente ciumento podia monitorar cada metro percorrido do conjugue. Mas o indivíduo ainda era capaz de desligar a sua unidade e tornar-se novamente anónimo. Não durou muito. Rapidamente, num contexto de combate ao medo e à crescente necessidade de segurança que permearam a vivência da sociedade de consumo dos séculos XXI e XXII, foram adoptados mecanismos biométricos generalizados (retina, DNA, padrões de feromonas). As unidades pessoais (cada cidadão estava obrigado por lei a usar uma) podia identificar a posição de todos que por ela se cruzavam ao mesmo tempo que controlava a situação do seu proprietário. A vantagem? Qualquer acidente, qualquer violência ou problema era instantaneamente assinalado e identificado. A corrupção e o crime quase desapareceram. A desvantagem? Mesmo desligando a própria unidade, já não se podia fugir ao 'controle protector' da sociedade. As poucas críticas que se levantaram, as Cassandras do seu tempo, não tiveram (nunca têm) suficiente força. Depois de duas, três gerações, o sistema de protecção tornou-se padrão, o cordão umbilical que a maioria temia perder. Muitos turistas, visitantes de locais inóspitos, sofriam a privação desse véu de segurança ubíquo que os mantinha seguros na Europa, na América, no Japão ou na China desenvolvida. [...] Em 1948, George Orwell escreveu um romance sobre uma sociedade omnipresente, baseada numa tecnologia de controle capaz de esmagar a liberdade individual para motivar valores e objectivos colectivos. Cento e cinquenta anos depois, por um caminho diferente do temido por Orwell (a via do totalitarismo), os cidadãos do Primeiro Mundo encontraram-se num cenário demasiado semelhante. Só que o caminho foi demasiado suave. Cada alteração, cada porta agora aberta, fora suficiente lenta para ocorrer despercebida. Como a face que não se olha ao espelho até nele ver o rosto do horror." - Sinh Naltaen, "O Degenerar da Segurança: 2001-2193", 2ª Ed.
sábado, 15 de dezembro de 2007
quarta-feira, 12 de dezembro de 2007
Carta Aberta ao Secretário de Estado das Comunidade Portuguesas
Senhor Secretário das Comunidades Portuguesas. Dr. António Braga,
Creia que esta carta apenas pretende esclarecer e ajudar para que no futuro as Comunidades sejam ouvidas. São Elas que estão no terreno, são Elas que conhecem as dificuldades. Estarei sempre ao seu dispor para ajudar em assuntos que digam respeito às Comunidades. Permita que cite alguns factos.
No passado dia 24 de Setembro de 2007, quando Vossa Excelência reuniu em Lisboa, com o Conselho Permanente das Comunidades Portuguesas; tive a oportunidade de lhe falar sobre o assunto do/a consultor/a, referente ao Protocolo existente entre o Ministério da Educação de Portugal e o Departamento de Educação do estado de Massachusetts, USA. Nessa altura, Senhor Secretario deu-nos cópia do Diário da Republica, comprovando que a pessoa tinha sido nomeada com inicio das funções em 1 de Setembro do corrente ano. Disse ainda que, tinha sido feito concurso público, e que os candidatos tinham sido entrevistados. Imediatamente manifestei a minha discordância com um dos nomes que estava no Diário da Republica. Vossa Excelência pediu-me que lhe desse o ”BENEFÍCIO DA DÚVIDA”. No início discordei, mas, acabei por ceder.
Façamos agora uma pequena análise aos acontecimentos, desde 24 de Setembro, e hoje, dia 6 de Dezembro de 2007.
Hoje, estou na posse de documentos que lhe posso voltar a afirmar, que a pessoa em referência, não tem as necessárias qualificações nem perfil para ocupar tal posição. Também nunca foi entrevistada.
Quando Sua Excelência o Senhor Presidente das República, Professor Aníbal Cavaco Silva, visitou a Comunidade Portuguesa de Massachusetts, e se reuniu em Boston com os Conselheiros dos Estados Unidos, a 21 de Junho de 2007, já o Senhor Secretario de Estado devia ter os nomes das pessoas para fazer as nomeações; porque a 20 de Marco de 2007, quando Vossa Excelência me recebeu no seu gabinete, disse que tudo estava tratado.
Estranho que sendo a escolha feita dentro da comunidade luso-americana, o Senhor Secretário de Estado não nos tenha consultado nem sequer informado. Ter-se-ia evitado o mal-entendido que acabou por se verificar e que acaba por agravar um problema demasiado comprometedor para a nossa comunidade e para a relação de confiança que gostaríamos de manter com o Departamento da Educação de Massachusetts.
A confirmar tudo isto está o facto de só agora, em Dezembro de 07, a pessoa ter sido contactada pelo Ministério de Educação para ocupar a posição; depois de ter sido enviada uma carta para a Senhora Ministra de Educação com cc para o Ministério dos Negócios Estrangeiros e para a FLAD
Por fim, deu-se o inevitável. A pessoa não se sentiu confortável na posição (Consultora) que queriam que ela ocupasse. Não aceitou o lugar.
CONTINUAMOS SEM CONSULTOR/A PARA DESEMPENHAR FUNÇÕES NO PROTOCOLO.
Senhor Dr. António Braga, com toda a frontalidade e transparência, permita que lhe faça a seguinte pergunta! Será desta vez que Vossa Excelência nos vai consultar com a devida frontalidade e transparência?
Agradecendo antecipadamente a atenção que a este assunto possa dispensar, apresento os meus melhores cumprimentos,
Claudinor O. F. Salomão
Conselheiro das Comunidades
Estados Unidos e Bermudas
Creia que esta carta apenas pretende esclarecer e ajudar para que no futuro as Comunidades sejam ouvidas. São Elas que estão no terreno, são Elas que conhecem as dificuldades. Estarei sempre ao seu dispor para ajudar em assuntos que digam respeito às Comunidades. Permita que cite alguns factos.
No passado dia 24 de Setembro de 2007, quando Vossa Excelência reuniu em Lisboa, com o Conselho Permanente das Comunidades Portuguesas; tive a oportunidade de lhe falar sobre o assunto do/a consultor/a, referente ao Protocolo existente entre o Ministério da Educação de Portugal e o Departamento de Educação do estado de Massachusetts, USA. Nessa altura, Senhor Secretario deu-nos cópia do Diário da Republica, comprovando que a pessoa tinha sido nomeada com inicio das funções em 1 de Setembro do corrente ano. Disse ainda que, tinha sido feito concurso público, e que os candidatos tinham sido entrevistados. Imediatamente manifestei a minha discordância com um dos nomes que estava no Diário da Republica. Vossa Excelência pediu-me que lhe desse o ”BENEFÍCIO DA DÚVIDA”. No início discordei, mas, acabei por ceder.
Façamos agora uma pequena análise aos acontecimentos, desde 24 de Setembro, e hoje, dia 6 de Dezembro de 2007.
Hoje, estou na posse de documentos que lhe posso voltar a afirmar, que a pessoa em referência, não tem as necessárias qualificações nem perfil para ocupar tal posição. Também nunca foi entrevistada.
Quando Sua Excelência o Senhor Presidente das República, Professor Aníbal Cavaco Silva, visitou a Comunidade Portuguesa de Massachusetts, e se reuniu em Boston com os Conselheiros dos Estados Unidos, a 21 de Junho de 2007, já o Senhor Secretario de Estado devia ter os nomes das pessoas para fazer as nomeações; porque a 20 de Marco de 2007, quando Vossa Excelência me recebeu no seu gabinete, disse que tudo estava tratado.
Estranho que sendo a escolha feita dentro da comunidade luso-americana, o Senhor Secretário de Estado não nos tenha consultado nem sequer informado. Ter-se-ia evitado o mal-entendido que acabou por se verificar e que acaba por agravar um problema demasiado comprometedor para a nossa comunidade e para a relação de confiança que gostaríamos de manter com o Departamento da Educação de Massachusetts.
A confirmar tudo isto está o facto de só agora, em Dezembro de 07, a pessoa ter sido contactada pelo Ministério de Educação para ocupar a posição; depois de ter sido enviada uma carta para a Senhora Ministra de Educação com cc para o Ministério dos Negócios Estrangeiros e para a FLAD
Por fim, deu-se o inevitável. A pessoa não se sentiu confortável na posição (Consultora) que queriam que ela ocupasse. Não aceitou o lugar.
CONTINUAMOS SEM CONSULTOR/A PARA DESEMPENHAR FUNÇÕES NO PROTOCOLO.
Senhor Dr. António Braga, com toda a frontalidade e transparência, permita que lhe faça a seguinte pergunta! Será desta vez que Vossa Excelência nos vai consultar com a devida frontalidade e transparência?
Agradecendo antecipadamente a atenção que a este assunto possa dispensar, apresento os meus melhores cumprimentos,
Claudinor O. F. Salomão
Conselheiro das Comunidades
Estados Unidos e Bermudas
sexta-feira, 7 de dezembro de 2007
Almofada de caroços de cerejas
"Olá amiguinhos,
O meu nome é Zé Miguel Amorim,
Pois bem. Eu há três meses pensei, pensei, pensei mesmo muito e enquanto estava a pensar no que havia de fazer da minha vida olhei para os meus filhos e percebi o quanto eles gostavam da almofada de caroços de cereja que a avó lhes tinha feito. Nessa altura também pensei "Se eles gostam... as pessoas também vão gostar...". Vai daí fiz 20.000. Não claro que não fiz todas. Fiz só duas ou três para experimentar como seria o melhor processo de fazer as outras 9.998 porque quem iria fazê-las seriam as senhoras que estão no Estabelecimento Prisional de Tires. Só que o caroço (10 toneladas) estava todo sujo. Como tinha de o limpar todo voltei a pensar e falei com o Estabelecimento Prisinal de Sintra onde estão os senhores. Lavei eu uns quilitos para saber qual seria o melhor processo e fiz um contrato com eles para me lavarem o resto dos caroços. Tem sido um trabalho muito interessante. É um mundo que eu desconhecia. Há dias apareci no programa da Julia, "As Tardes da Julia". Foi um enorme sucesso. Vejam lá que até me ligaram da produção passado uma semana a pedir o meu número do telemovel pois havia uma série de pessoas que estavam muito interessadas mas que não têm net ou não tiveram tempo de assentar. A cereja no topo do bolo é que os estabelecimentos prisionais também têm recebido as mesmas chamadas a pedir o meu contacto. E o palito por cima da cereja foi terem-me dito que já houve empresas que contactaram esses estabelecimentos para outro tipo de trabalhos. Sinto-me bem, compreenderão.
Enfim, com isto quero eu dizer que por ser um produto inovador, honesto, biologico, biodegradavel, economico, hipoalergenico, totalmente feito por pessoas portuguesas livres e menos livres. É otimo para substituir o saco de água quente e pasme-se também é otimo para termoterapia e a tudo o que a ela possa ter a ver. E dessa eu não estava à espera. Medicina Ayurvedica, Massagens, Osteopatia, Fisioterapia, Puericultura. Olhem que ainda hoje me ligou um senhor a dizer que quem usa a "almofada de Caroços de Cereja" não é ele mas sim a filha que tem quinze dias de vida, pois diz que ela se cala e fica toda satisfeita com o calor da almofada. Eu até me calei. Só lhe agradeci e dei-lhe os parabéns. Isto não é demais?
Hoje ofereci uma camisola feita por mim ao Carlos, um dos tais senhores que estão a lavar o meu caroço. Foi ele que me pediu. Nas costas diz: "O rei do Caroço". É uma risota pegada lá nos Estabelecimentos Prisionais. Ao principio foi estranho mas agora já sou conhecido lá pelo senhor do caroço. Guardas e tudo. O meu nome não sabem mas "senhor do Caroço" já pegou. É giro.
Se leram tudo agradeço-vos imenso. Se me quiserem ligar, agradecemos todos.
PS - Vão ver o meu site, www.ricoxete.com. Foi feito por portugueses... tudo. Até o som. Ora oiçam... não é giro? Eu acho que sim. Pelo menos divirto-me à grande. E se quiserem adquirir estas pequenas maravilhas digam-me. Até reviram os olhos.
Vemo-nos no Andanças.
917 169 813
O meu nome é Zé Miguel Amorim,
Pois bem. Eu há três meses pensei, pensei, pensei mesmo muito e enquanto estava a pensar no que havia de fazer da minha vida olhei para os meus filhos e percebi o quanto eles gostavam da almofada de caroços de cereja que a avó lhes tinha feito. Nessa altura também pensei "Se eles gostam... as pessoas também vão gostar...". Vai daí fiz 20.000. Não claro que não fiz todas. Fiz só duas ou três para experimentar como seria o melhor processo de fazer as outras 9.998 porque quem iria fazê-las seriam as senhoras que estão no Estabelecimento Prisional de Tires. Só que o caroço (10 toneladas) estava todo sujo. Como tinha de o limpar todo voltei a pensar e falei com o Estabelecimento Prisinal de Sintra onde estão os senhores. Lavei eu uns quilitos para saber qual seria o melhor processo e fiz um contrato com eles para me lavarem o resto dos caroços. Tem sido um trabalho muito interessante. É um mundo que eu desconhecia. Há dias apareci no programa da Julia, "As Tardes da Julia". Foi um enorme sucesso. Vejam lá que até me ligaram da produção passado uma semana a pedir o meu número do telemovel pois havia uma série de pessoas que estavam muito interessadas mas que não têm net ou não tiveram tempo de assentar. A cereja no topo do bolo é que os estabelecimentos prisionais também têm recebido as mesmas chamadas a pedir o meu contacto. E o palito por cima da cereja foi terem-me dito que já houve empresas que contactaram esses estabelecimentos para outro tipo de trabalhos. Sinto-me bem, compreenderão.
Enfim, com isto quero eu dizer que por ser um produto inovador, honesto, biologico, biodegradavel, economico, hipoalergenico, totalmente feito por pessoas portuguesas livres e menos livres. É otimo para substituir o saco de água quente e pasme-se também é otimo para termoterapia e a tudo o que a ela possa ter a ver. E dessa eu não estava à espera. Medicina Ayurvedica, Massagens, Osteopatia, Fisioterapia, Puericultura. Olhem que ainda hoje me ligou um senhor a dizer que quem usa a "almofada de Caroços de Cereja" não é ele mas sim a filha que tem quinze dias de vida, pois diz que ela se cala e fica toda satisfeita com o calor da almofada. Eu até me calei. Só lhe agradeci e dei-lhe os parabéns. Isto não é demais?
Hoje ofereci uma camisola feita por mim ao Carlos, um dos tais senhores que estão a lavar o meu caroço. Foi ele que me pediu. Nas costas diz: "O rei do Caroço". É uma risota pegada lá nos Estabelecimentos Prisionais. Ao principio foi estranho mas agora já sou conhecido lá pelo senhor do caroço. Guardas e tudo. O meu nome não sabem mas "senhor do Caroço" já pegou. É giro.
Se leram tudo agradeço-vos imenso. Se me quiserem ligar, agradecemos todos.
PS - Vão ver o meu site, www.ricoxete.com. Foi feito por portugueses... tudo. Até o som. Ora oiçam... não é giro? Eu acho que sim. Pelo menos divirto-me à grande. E se quiserem adquirir estas pequenas maravilhas digam-me. Até reviram os olhos.
Vemo-nos no Andanças.
terça-feira, 4 de dezembro de 2007
Decisão
Alimentar o medo tem efeitos inesperados. O medo é menos dócil que um leão enfurecido.
in http://sonhoslx.blogspot.com/
in http://sonhoslx.blogspot.com/
Opinião: Vítor Fonseca
Crimes contra o Estado
Recentemente, um semanário, dos chamados de referência, a que Marcelo Rebelo de Sousa, numa conferência realizada há cerca de sete anos, em S. Vicente, na baixada santista, classificou de “jornal regional do eixo Lisboa-Cascais”, publicou uma notícia preocupante e que não mereceu, pelo menos até ao momento em que escrevo este artigo, das entidades públicas, qualquer comentário, explicação ou justificação.
A digitalização de documentos, eventualmente confidenciais e pertença do Estado Português, em concreto do Ministério da Defesa, feita por uma empresa privada, paga, eventualmente, por um partido político, com verbas da campanha eleitoral, segundo diz a notícia, reveste-se de uma gravidade intolerável num Estado de Direito democrático, mesmo que este Estado se situe entre primeiro e o terceiro-mundo.
Para além de Portugal pertencer à NATO, a Defesa Nacional continua a ser, num quadro de expansão do terrorismo e da conflitualidade militar em alguns territórios da Europa, uma área de enorme sensibilidade, a merecer reserva, porque contende com envolventes estratégicas, essenciais ao resguardo da independência do Estado Português e da sua afirmação como Nação.
O autor da proeza já veio desmentir que os documentos fossem confidenciais mas, porque estive a ver um filme de domingo à tarde, com o título “O grande mentiroso”, só acredito se o Ministério Público e a Policia Judiciária investigarem e comprovarem que os documentos não passavam de meras notas de um ministro que não deveria ter tempo para mais nada a não ser escrever, diariamente, vinte e quatro páginas de apontamentos.
O Governo Português está confrontado com uma situação para a qual deve ter capacidade e coragem de dar uma resposta, sob o perigo de o Estado de Direito ser definitivamente deitado ao lixo.
Nos termos do disposto no artigo 316.º do Código Penal, sob a epígrafe Violação de segredo de Estado, plasma-se que, “quem, pondo em perigo interesses do Estado Português relativos à independência nacional, à unidade e à integridade do Estado ou à sua segurança interna e externa, transmitir, tornar acessível a pessoa não autorizada, ou tornar público facto ou documento, plano ou objecto que devem, em nome daqueles interesses, manter-se secretos é punido com pena de prisão de dois a oito anos”.
E, “se o agente praticar facto descrito nos números anteriores violando dever especificamente imposto pelo estatuto da sua função ou serviço, ou da missão que lhe foi conferida por autoridade competente, é punido com pena de prisão de três a dez anos”.
A digitalização de documentos do Ministério da Defesa, caso se integrem na previsão do dispositivo da lei penal, constitui um crime público, que deve ser investigado pelo Ministério Público, independentemente de queixa.
George Orwell dizia que uns são mais iguais do que outros, mas nenhum político, qualquer que ele seja pode estar acima da Lei, muito menos numa questão que envolve a segurança do Estado. Porque a ser assim, só se pode concluir uma de duas coisas, ou a segurança do Estado é uma treta e os serviços secretos servem apenas para servir o poder político e como meio de pressão sobre aqueles que se opõem a quem detém o poder, ou os segredos que foram digitalizados, a ser verdade que o foram, são de tal monta, que o prevaricador sabe que está protegido pelo manto da cobardia e da ignomínia de um Estado dilacerado pela corrupção na essência da sua existência enquanto Estado.
Recentemente, um semanário, dos chamados de referência, a que Marcelo Rebelo de Sousa, numa conferência realizada há cerca de sete anos, em S. Vicente, na baixada santista, classificou de “jornal regional do eixo Lisboa-Cascais”, publicou uma notícia preocupante e que não mereceu, pelo menos até ao momento em que escrevo este artigo, das entidades públicas, qualquer comentário, explicação ou justificação.
A digitalização de documentos, eventualmente confidenciais e pertença do Estado Português, em concreto do Ministério da Defesa, feita por uma empresa privada, paga, eventualmente, por um partido político, com verbas da campanha eleitoral, segundo diz a notícia, reveste-se de uma gravidade intolerável num Estado de Direito democrático, mesmo que este Estado se situe entre primeiro e o terceiro-mundo.
Para além de Portugal pertencer à NATO, a Defesa Nacional continua a ser, num quadro de expansão do terrorismo e da conflitualidade militar em alguns territórios da Europa, uma área de enorme sensibilidade, a merecer reserva, porque contende com envolventes estratégicas, essenciais ao resguardo da independência do Estado Português e da sua afirmação como Nação.
O autor da proeza já veio desmentir que os documentos fossem confidenciais mas, porque estive a ver um filme de domingo à tarde, com o título “O grande mentiroso”, só acredito se o Ministério Público e a Policia Judiciária investigarem e comprovarem que os documentos não passavam de meras notas de um ministro que não deveria ter tempo para mais nada a não ser escrever, diariamente, vinte e quatro páginas de apontamentos.
O Governo Português está confrontado com uma situação para a qual deve ter capacidade e coragem de dar uma resposta, sob o perigo de o Estado de Direito ser definitivamente deitado ao lixo.
Nos termos do disposto no artigo 316.º do Código Penal, sob a epígrafe Violação de segredo de Estado, plasma-se que, “quem, pondo em perigo interesses do Estado Português relativos à independência nacional, à unidade e à integridade do Estado ou à sua segurança interna e externa, transmitir, tornar acessível a pessoa não autorizada, ou tornar público facto ou documento, plano ou objecto que devem, em nome daqueles interesses, manter-se secretos é punido com pena de prisão de dois a oito anos”.
E, “se o agente praticar facto descrito nos números anteriores violando dever especificamente imposto pelo estatuto da sua função ou serviço, ou da missão que lhe foi conferida por autoridade competente, é punido com pena de prisão de três a dez anos”.
A digitalização de documentos do Ministério da Defesa, caso se integrem na previsão do dispositivo da lei penal, constitui um crime público, que deve ser investigado pelo Ministério Público, independentemente de queixa.
George Orwell dizia que uns são mais iguais do que outros, mas nenhum político, qualquer que ele seja pode estar acima da Lei, muito menos numa questão que envolve a segurança do Estado. Porque a ser assim, só se pode concluir uma de duas coisas, ou a segurança do Estado é uma treta e os serviços secretos servem apenas para servir o poder político e como meio de pressão sobre aqueles que se opõem a quem detém o poder, ou os segredos que foram digitalizados, a ser verdade que o foram, são de tal monta, que o prevaricador sabe que está protegido pelo manto da cobardia e da ignomínia de um Estado dilacerado pela corrupção na essência da sua existência enquanto Estado.
Orçamento de 2008: os pobres cada vez mais pobres
Portugal é o país da União Europeia onde a diferença de rendimentos entre o grupo dos mais ricos, comparado com o grupo dos mais pobres, é mais acentuada.
Portugal é um dos países da União Europeia com as mais elevadas taxas de pobreza, que teima, aliás, em não baixar: dois milhões de compatriotas nossos são pobres.
Em Portugal, a população idosa é particularmente vulnerável à pobreza e à exclusão social, podendo constatar-se que, neste grupo etário, a taxa de pobreza atinge o dobro da população em geral.
Em Portugal, o sistema público de segurança social tem pouca capacidade redistributiva, porque não transfere, de forma continuada e consistente, rendimentos para os grupos sociais mais vulneráveis: as pensões são baixas, os subsídios exíguos e precários, a indisponibilidade orçamental para apoiar iniciativas da sociedade civil para combater a pobreza e a vulnerabilidade sócio-económica das pessoas é crescente.
O Governo está bem consciente desta realidade e mesmo que, por absurdo, a ignorasse, foi-lhe reiteradamente recordada, ao longo do mês de debate do Orçamento do Estado para 2008.
Por isso não se compreende que, perante aquele quadro social tão dilacerante, o Governo não tenha pudor em esbulhar centenas de milhar de reformados e pensionistas (da segurança social e da caixa geral de aposentações) das suas magras pensões, impondo-lhes mais e mais impostos. Já se sabia que este Governo não gosta dos reformados. Sabemo-lo porque tem vindo a reduzir o valor das pensões.
Por isso não se compreende que, perante aquele quadro social tão dilacerante, o Governo não tenha pudor em esbulhar centenas de milhar de reformados e pensionistas (da segurança social e da caixa geral de aposentações) das suas magras pensões, impondo-lhes mais e mais impostos. Já se sabia que este Governo não gosta dos reformados. Sabemo-lo porque tem vindo a reduzir o valor das pensões.
Sabemo-lo porque impôs novos descontos, no caso dos reformados da caixa geral de aposentações, para a ADSE (para já o desconto é de 1% sobre a pensão, em breve, será elevado para 1,5%).
Sabemo-lo porque tem vindo a desmantelar um dos serviços públicos de maior importância para os idosos reformados: o serviço nacional de saúde. Com efeito, hoje, os idosos têm menor oferta de serviços de saúde e serviços mais distantes. Porém, a aversão deste Governo aos reformados não pára por aqui.
Revelando uma desenfreada insensibilidade social, este Governo quer pôr a pagar impostos, em 2008, todos os reformados (da segurança social e da caixa geral de aposentações) quem ganhem mais de 429 euros por mês, 6.000 euros por ano!
Quando se pensava que já tinha sido levado ao limite esta situação, com a imposição de um limiar de 6.100 euros no corrente ano, aí está o Governo a esticar as unhas para surripiar um pouco mais, que para os reformados é muito, de magras pensões, que são nem mais nem menos do que a retribuição legítima e esperada de anos e anos de descontos para a segurança social. Ninguém sabe até onde é capaz de chegar esta gula pantagruélica do actual Governo!
Vale a pena recordar que, em 2004, aquele valor estava mais de 2.000 euros acima, isto é, só caía na mira do fisco quem tivesse uma pensão anual superior a 8.283 euros.
Só mais uma reflexão: o Ministro das Finanças aumenta a tributação sobre os pensionistas, retirando-lhes rendimentos disponíveis e sujeitando-os às calamidades da pobreza.
Por seu lado, o Ministro da Solidariedade Social aguarda, impaciente, que os reformados fiquem bem empobrecidos para poder fazer aquele papel miraculoso de Rainha Santa Isabel, distribuindo regaçadas de complementos solidários para idosos aos bafejados da sorte!
Sim, porque, para lá de todas as proclamações virtuosas, não está a ser fácil aos idosos pobres chegarem ao complemento solidário.
Recorde-se os últimos números: até este momento, já deviam ter sido gastos 150 milhões de euros, mas a despesa ficou-se pelos 80 milhões. Os idosos pobres contemplados deviam ter atingido os 200.000, mas as últimas estimativas ficam bem mais abaixo: 65.000!
Há em toda esta situação um tique de irracionalidade e até de alguma malvadez que bem se pode traduzir na síntese seguinte: aos reformados, este Governo, primeiro, empobrece-os, depois, expia a sua culpa dando-lhe uma escassas migalhas. O problema é que, no passado, como no presente, as migalhas nunca tiraram ninguém da miséria!
Adão Silva
29 Novembro de 2007
jornal "Mensageiro de Bragança"
segunda-feira, 26 de novembro de 2007
Consultas gratuitas de oncologia
Consultas gratuitas de cirurgia oncológica e plástica da mama em Novembro
Serviço prestado pela Clínica de Todos os Santos em Lisboa
Com vista a incentivar o diagnóstico precoce do cancro da mama e a promover o seu tratamento atempado, a Clínica de Todos os Santos, em Lisboa, vai facultar consultas gratuitas de cirurgia oncológica e cirurgia plástica da mama durante o mês de Novembro. As consultas vão realizar-se na Unidade Oncoplástica da Mama e dirigem-se a todos os portugueses que queiram submeter-se a um rastreio, aguardem tratamento, queiram efectuar uma reconstrução pós excisão do cancro ou que desejem ouvir uma segunda opinião médica.
Serviço prestado pela Clínica de Todos os Santos em Lisboa
Com vista a incentivar o diagnóstico precoce do cancro da mama e a promover o seu tratamento atempado, a Clínica de Todos os Santos, em Lisboa, vai facultar consultas gratuitas de cirurgia oncológica e cirurgia plástica da mama durante o mês de Novembro. As consultas vão realizar-se na Unidade Oncoplástica da Mama e dirigem-se a todos os portugueses que queiram submeter-se a um rastreio, aguardem tratamento, queiram efectuar uma reconstrução pós excisão do cancro ou que desejem ouvir uma segunda opinião médica.
«O tratamento médico do cancro da mama registou um enorme avanço nas últimas duas décadas. Actualmente é possível curar muitos casos de cancro da mama, sobretudo se diagnosticados em fase inicial. A abordagem terapêutica desta doença no século XXI baseia-se na análise criteriosa das características do cancro, que diferem de pessoa para pessoa, e na escolha individualizada do melhor tratamento a aplicar em cada doente. A Clínica de Todos os Santos dispõe de uma equipa multidisciplinar no tratamento da patologia mamária, nomeadamente uma "Breast Nurse" - enfermeira, que acompanha os doentes em todo o seu percurso», refere o comunicado divulgado. Recorde-se que as doenças da glândula mamária são a patologia mais frequente da mulher, podendo aparecer também no homem, embora com menor prevalência. O cancro da mama é a principal causa de morte nas mulheres entre os 35 e os 59 anos, vitimando quatro portuguesas por dia. A prevenção desta doença assenta na realização de rastreios e consultas de rotina e numa coordenação multidisciplinar entre vários especialistas, permitindo um diagnóstico e o início de tratamento o mais rapidamente possível. A Clínica de Todos os Santos, inaugurada em 1973, foi a primeira unidade de saúde privada em Portugal de cirurgia plástica, reconstrutiva e estética. Acaba de inaugurar este mês a primeira unidade privada de cirurgia mamária oncoplástica em Lisboa. Os serviços disponíveis na clínica são os seguintes: - Oncologia médica: tratamentos que englobam não só a quimioterapia, mas também novos agentes de terapêutica biológica fruto dos mais recentes desenvolvimentos na genética e biologia das células tumorais. - Microcirurgia na reconstrução mamária: consiste na não incorporação de músculos, como a tradicional técnica de reconstrução mamária com o músculo abdominal - TRAM, pois os músculos têm uma função que deve ser preservada tanto quanto possível. Esta nova técnica microcirúrgica permite reconstruções mamárias mais perfeitas. - Cirurgia oncoplástica da mama: implica o uso de técnicas de cirurgia plástica, na abordagem e na remodelação da mama remanescente após uma excisão do cancro da mama, pelo cirurgião oncológico. Baseia-se nos princípios de cicatrizes mínimas, volume e forma da mama o mais perfeito possível. Implica uma coordenação multidisciplinar entre os vários especialistas, sendo quase sempre imprescindível a presença, no mesmo acto cirúrgico, das equipas de cirurgia oncológica e de cirurgia plástica. - Biópsia do gânglio sentinela: esta técnica apoia-se na teoria de que um determinado tumor, neste caso da mama, drena para um primeiro gânglio linfático, o chamado gânglio sentinela, e que seria o primeiro a ser metastizado. Todas as doentes em que o gânglio sentinela não se encontre com tumor não terão necessidade de realizar o esvaziamento axilar. As outras terão que o fazer. Assim, ao executar esta técnica, é possível evitar, a um grande número de doentes, a necessidade de efectuar o esvaziamento axilar com claras vantagens na qualidade de vida da doente. A As consultas gratuitas estão sujeitas à disponibilidade de agenda. Para mais informações, visite o site da clínica.
Clínica de Todos os Santos
Reunião internacional Trissomia 21 Novos Avanços - International meeting Down Syndrome: New Advances
Trissomia 21: Novos Avanços
International meeting Down Syndrome: New Advances
6 - 7 Dezembro 2007
Fundação Calouste Gulbenkian Auditório 2
Lisboa PORTUGAL
6 - 7 Dezembro 2007
Fundação Calouste Gulbenkian Auditório 2
Lisboa PORTUGAL
Enquanto Presidente da Associação Portuguesa de Portadores de Trissomia 21 (APPT21), venho por este meio convidar todos os interessados a visitar a nossa linda cidade de Lisboa e a participar no nosso Congresso anual sobre Trissomia 21.
O Programa definido pela APPT21 em conjunto com o Centro de Desenvolvimento Infantil Diferenças tem como principal objectivo discutir as últimas investigações e desenvolvimentos na área da intervenção médica, educativa e social nos indivíduos com Trissomia 21.
Desde 1992, que a APPT21 tem estado empenhada na concepção e implementação de vários Programas de Intervenção com o intuito de promover várias áreas fundamentais do desenvolvimento: competências motoras; linguagem e fala; competências de literacia; consciência fonológica; competências numéricas; memória de trabalho; competências sociais e funcionamento independente e transição para o emprego e vida activa.
Este ano, temos o prazer de ter connosco quatro importantes nomes internacionais, reconhecidos especialistas na área da Trissomia 21.
A Professora Sue Buckley e o Professor Ben Sacks, dois nomes importantes ligados à educação e ao desenvolvimento cognitivo de indivíduos com Trissomia 21, envolvidos desde os anos 80 nas investigações mais relevantes nesta área.
Dr. Siegfried Pueschel, de entre as suas várias habilitações universitárias, destacamos a investigação e formação na área da intervenção médica e defesa dos direitos dos indivíduos com Trissomia 21.
A Drª Liz Marder, é pediatra e é actualmente a responsável pelo Grupo Médico de Investigação em Síndrome de Down e consultora na área da medicina na Associação Inglesa de Sindroma de Down. A Drª Liz Marder tem trabalhado de perto com a Drª Jennifer Dennis na área do desenvolvimento de orientações médicas e Síndrome de Down.
Haverá tradução em simultâneo para Português.
Sejam bem vindos,
O Programa definido pela APPT21 em conjunto com o Centro de Desenvolvimento Infantil Diferenças tem como principal objectivo discutir as últimas investigações e desenvolvimentos na área da intervenção médica, educativa e social nos indivíduos com Trissomia 21.
Desde 1992, que a APPT21 tem estado empenhada na concepção e implementação de vários Programas de Intervenção com o intuito de promover várias áreas fundamentais do desenvolvimento: competências motoras; linguagem e fala; competências de literacia; consciência fonológica; competências numéricas; memória de trabalho; competências sociais e funcionamento independente e transição para o emprego e vida activa.
Este ano, temos o prazer de ter connosco quatro importantes nomes internacionais, reconhecidos especialistas na área da Trissomia 21.
A Professora Sue Buckley e o Professor Ben Sacks, dois nomes importantes ligados à educação e ao desenvolvimento cognitivo de indivíduos com Trissomia 21, envolvidos desde os anos 80 nas investigações mais relevantes nesta área.
Dr. Siegfried Pueschel, de entre as suas várias habilitações universitárias, destacamos a investigação e formação na área da intervenção médica e defesa dos direitos dos indivíduos com Trissomia 21.
A Drª Liz Marder, é pediatra e é actualmente a responsável pelo Grupo Médico de Investigação em Síndrome de Down e consultora na área da medicina na Associação Inglesa de Sindroma de Down. A Drª Liz Marder tem trabalhado de perto com a Drª Jennifer Dennis na área do desenvolvimento de orientações médicas e Síndrome de Down.
Haverá tradução em simultâneo para Português.
Sejam bem vindos,
Teresa Palha
PROGRAMA DETALHADO:
http://www.nasturtium.com.pt/detalhes_f.php?id=26
SECRETARIADO:
NASTURTIUM
Educação, Saúde e Bem-Estar
http://www.nasturtium.com.pt/
geral@nasturtium.com.pt
+351960016880
INSCRIÇÃO:
40€ até 30 de Novembro
55€ depois 30 de Novembro
Inscrição on-line http://www.nasturtium.com.pt/
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quinta-feira, 25 de outubro de 2007
Concubinato
As notícias que têm vindo, de novo, a público, e que não são desmentidas - porque ancoradas em escutas telefónicas -, do concubinato entre os maçons e o primeiro-ministro de Portugal, para destituir o Procurador-Geral da República, são um inequívoco sinal de promiscuidade e do descalabro moral a que chegou o Estado Português, na versão socialista.
Foram, agora, e mais uma vez, relembrados, - o que não é inocente, em consequência da guerra que se trava entre o poder político socialista, a Policia Judiciária e a estrutura da procuradoria da república -, factos que, em qualquer democracia, determinariam a queda do Governo e a realização de eleições. Como é de calcular, excluo deste leque as democracias populares e as dos países do chamado terceiro-mundo.
Os actos praticados, quer se queira, quer não, consubstanciam a prática de crimes, na forma tentada, contra o Estrado, contra a democracia e contra os portugueses.
Estes homens, que exercem cargos públicos, que controlam o aparelho do Estado e que decidem do nosso futuro colectivo, não possuem condições morais, éticas, políticas ou de qualquer outra espécie para continuar a exercer esses cargos.
Lamentavelmente, com a excepção de alguma imprensa ainda livre, a grande maioria dos media assobia para o ar e finge que nada aconteceu. Vivemos num País amordaçado, aterrorizado por um poder político autocrático e implacável.
Curiosamente, o PSD, que subscreveu o Pacto para a Justiça, e estou à vontade porque critiquei, sempre, esta fórmula difusa de desresponsabilização de quem exerce o poder, e em concreto discordei do Pacto para a Justiça, manteve, até agora, um silêncio ruidoso quanto a estes atentados à democracia e aos fundamentos do Estado de Direito.
O PSD concorda com a conspiração para correr com um Procurador-Geral que se tornou incómodo, mais pelas investigações que efectuou, do que pela sua incapacidade para lidar com a comunicação social?
O PSD aceita que o Director Nacional da Polícia Judiciária, segundo consta, tenha recebido pressões do embaixador britânico em Lisboa e que dê cobertura a um eventual crime de homicídio, mesmo que negligente?
O PSD aceita que o actual Procurador-Geral da República receba o advogado dos Mcann, antes de este partir para o Algarve a fim de os representar?
Quem manda no País? Serão os interesses económicos, subterrâneos, que minam e controlam a sociedade e amparam os políticos, como disse Joaquim Aguiar na SIC?
Até onde vai este lodaçal que corrói a democracia e apodrece a sociedade?
Quem impõe o medo? Quem persegue aqueles que dizem não? Ao serviço de quem está o sistema repressivo? Será que ainda vivemos numa democracia ou vivemos num enorme faz de conta? Responda quem souber, porque eu já acredito em tudo e no seu contrário.
Vítor Fonseca
vitor.m.fonseca@gmail.com
Foram, agora, e mais uma vez, relembrados, - o que não é inocente, em consequência da guerra que se trava entre o poder político socialista, a Policia Judiciária e a estrutura da procuradoria da república -, factos que, em qualquer democracia, determinariam a queda do Governo e a realização de eleições. Como é de calcular, excluo deste leque as democracias populares e as dos países do chamado terceiro-mundo.
Os actos praticados, quer se queira, quer não, consubstanciam a prática de crimes, na forma tentada, contra o Estrado, contra a democracia e contra os portugueses.
Estes homens, que exercem cargos públicos, que controlam o aparelho do Estado e que decidem do nosso futuro colectivo, não possuem condições morais, éticas, políticas ou de qualquer outra espécie para continuar a exercer esses cargos.
Lamentavelmente, com a excepção de alguma imprensa ainda livre, a grande maioria dos media assobia para o ar e finge que nada aconteceu. Vivemos num País amordaçado, aterrorizado por um poder político autocrático e implacável.
Curiosamente, o PSD, que subscreveu o Pacto para a Justiça, e estou à vontade porque critiquei, sempre, esta fórmula difusa de desresponsabilização de quem exerce o poder, e em concreto discordei do Pacto para a Justiça, manteve, até agora, um silêncio ruidoso quanto a estes atentados à democracia e aos fundamentos do Estado de Direito.
O PSD concorda com a conspiração para correr com um Procurador-Geral que se tornou incómodo, mais pelas investigações que efectuou, do que pela sua incapacidade para lidar com a comunicação social?
O PSD aceita que o Director Nacional da Polícia Judiciária, segundo consta, tenha recebido pressões do embaixador britânico em Lisboa e que dê cobertura a um eventual crime de homicídio, mesmo que negligente?
O PSD aceita que o actual Procurador-Geral da República receba o advogado dos Mcann, antes de este partir para o Algarve a fim de os representar?
Quem manda no País? Serão os interesses económicos, subterrâneos, que minam e controlam a sociedade e amparam os políticos, como disse Joaquim Aguiar na SIC?
Até onde vai este lodaçal que corrói a democracia e apodrece a sociedade?
Quem impõe o medo? Quem persegue aqueles que dizem não? Ao serviço de quem está o sistema repressivo? Será que ainda vivemos numa democracia ou vivemos num enorme faz de conta? Responda quem souber, porque eu já acredito em tudo e no seu contrário.
Vítor Fonseca
vitor.m.fonseca@gmail.com
TGV ou melhor qualidade de vida para os cidadãos
TGV - "TRAVAR PARA PENSAR
"Há uns meses optei por ir de Copenhaga a Estocolmo de comboio.
Comprado o bilhete, dei comigo num comboio que só se diferenciava dos nossos Alfa por ser menos luxuoso e dotado de menos serviços de apoio aos passageiros. A viagem, através de florestas geladas e planícies brancas a perder de vista, demorou cerca de cinco horas. Não fora ser crítico do projecto TGV e conhecer a realidade económica e social desses países, daria comigo a pensar que os nórdicos, emblemas únicos dos superavites orçamentais, seriam mesmo uns tontos. Se não os conhecesse bem perguntaria onde gastam eles os abundantes recursos resultantes da substantiva criação de riqueza. A resposta está na excelência das suas escolas, na qualidade do seu Ensino Superior, nos seus museus e escolas de arte, nas creches e jardins-de-infância em cada esquina, nas políticas pró-activas de apoio à terceira idade. Percebe-se bem porque não construíram estádios de futebol desnecessários, porque não constroem aeroportos em cima de pântanos nem optam por ter comboios supersónicos que só agradam a meia dúzia de multinacionais. O TGV é um transporte adaptado a países de dimensão continental, extensos, onde o comboio rápido é, numa perspectiva de tempo de viagem/custo por passageiro, competitivo com o transporte aéreo. É por isso, para além da já referida pressão de certos grupos que fornecem essas tecnologias, que existe TGV em França ou Espanha (com pequenas extensões a países vizinhos). É por razões de sensatez que não o encontramos na Noruega, na Suécia, na Holanda e em muitos outros países ricos. Tirar 20 ou 30 minutos ao Lisboa - Porto à custa de um investimento de cerca de 7,5 mil milhões de euros não terá qualquer repercussão na economia do País. Para além de que, dado hoje ser um projecto praticamente não financiado pela União Europeia, ser um presente envenenado para várias gerações de portugueses que, com mais ou menos engenharia financeira, o vão ter de pagar. Com 7,5 mil milhões de euros pode construir-se mil escolas Básicas e Secundárias de primeiríssimo mundo que substituam as mais de cinco mil obsoletas e sub dimensionadas (a 2,5 milhões de euros cada uma), mais mil creches inexistentes (a 1 milhão de euros cada uma), mais mil centros de dia para os nossos idosos (a 1 milhão de euros cada um). Ainda sobrariam cerca de 3,5 mil milhões de euros para aplicar em muitas outras carências, como a urgente reabilitação de toda a degradada rede viária secundária.
CABE ao Governo REFLECTIR.
CABE à Oposição CONTRAPOR.
CABE AOS CIDADÃOS MANIFESTAREM-SE!
CABE À TUA CONSCIÊNCIA REENCAMINHAR OU DEIXAR FICAR."
Visão - Edição Verde
terça-feira, 23 de outubro de 2007
Terceiros mais pobres da Europa
Já somos os terceiros mais pobres de toda a Europa!
Mais pobres até do que os imigrantes que nos procuram!Só a Lituânia e a Polónia nos ganham em pobreza!
É um número que envergonha o País: de acordo com dados ontem divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), a população residente em situação de risco de pobreza era de 19% em 2005, ou seja, cerca de dois milhões dos residentes em Portugal eram pobres ou em vias de se tornarem pobres. Segundo o Inquérito às Condições de Vida e Rendimento, realizado em 2005, um quinto da população residente vivia em risco de pobreza. Este valor correspondia à proporção dos habitantes com rendimentos anuais por adulto inferiores a 4321 euros no ano anterior (cerca de 360 euros por mês), explica o INE, após as transferências sociais.Os idosos com mais de 65 anos e os menores de 16 anos registavam as taxas de pobreza relativa mais elevadas: 28 e 23%o, respectivamente.
É um número que envergonha o País: de acordo com dados ontem divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), a população residente em situação de risco de pobreza era de 19% em 2005, ou seja, cerca de dois milhões dos residentes em Portugal eram pobres ou em vias de se tornarem pobres. Segundo o Inquérito às Condições de Vida e Rendimento, realizado em 2005, um quinto da população residente vivia em risco de pobreza. Este valor correspondia à proporção dos habitantes com rendimentos anuais por adulto inferiores a 4321 euros no ano anterior (cerca de 360 euros por mês), explica o INE, após as transferências sociais.Os idosos com mais de 65 anos e os menores de 16 anos registavam as taxas de pobreza relativa mais elevadas: 28 e 23%o, respectivamente.
Em comparação com outros países europeus, a taxa de risco de pobreza apenas era superior na Lituânia e Polónia, com 21% da população em risco.
Há, portanto, 2 Portugais:
Há, portanto, 2 Portugais:
O Portugal de mentirinha, que os políticos corruptos tentam vender à europa, como se fosse um país a sério.E o Portugal Real, em que a frieza dos números traz à evidência a rede intrincada de sucessivas mentiras e aldrabices com que os governantes - e a comunicação social por eles controlada - continuam a urdir para manter este povo permanentemente alienado. Viva, pois, este Portugal da plena miséria intelectual e económica!
Doentes com artrite
Doentes com artrite eram excluídos
"Vem resolver um problema de desigualdade gritante no acesso" aos tratamentos. É desta forma que o reumatologista António Vilar comenta a decisão do Governo de disponibilizar gratuitamente os medicamentos para a artrite reumatóide e outras quatro doenças (espondilite anquilosante, artrite psoriática, artrite idiopática juvenil poliarticular e psoríase em placas) nos hospitais, mesmo quando a receita é de um especialista externo. O médico explica que estes medicamentos já eram gratuitos, contudo, na prática, era como se não fossem. Como estavam apenas disponíveis nas farmácias hospitalares, os doentes só podiam obtê-los, gratuitamente, se fossem receitados por um especialista do próprio hospital. E não podiam comprá-los. O problema é que a esmagadora maioria dos pacientes é tratada fora destas unidades, explica, como no Instituto Português de Reumatologia. Uma situação que há seis anos tem feito a Associação Nacional de Doentes com Artrite Reumatóide (ANDAR) desdobrar-se em pedidos à tutela para ver a situação resolvida. António Vilar vê ainda com bons olhos a decisão de cobrar os tratamentos, não ao hospital, mas à Administração Regional de Saúde. E lembra que havia até aqui um claro efeito de "funil" no acesso, porque cada autorização de dispensa estava envolta em "burocracias". "Nos primeiros seis meses do ano passado, os Hospitais da Universidade de Coimbra não tinham um único doente em tratamento com remédios biológicos. Alguém acredita que em todo o centro não havia nenhum doente?", exemplifica. O médico espera agora que a lista seja alargada a outros fármacos, além do que integra a portaria assinada pelo Ministério da Saúde, divulgada ontem pelo DN.
quinta-feira, 18 de outubro de 2007
O Tsunami de Pinto Monteiro
A entrevista de Pinto Monteiro ao semanário Sol desencadeou ondas de choque que, e é esta a minha convicção, foram previstas pelo próprio e devidamente avaliadas para produzir os efeitos que se tornaram evidentes face às múltiplas reacções, desde as corporativas às políticas, passando pela ténue manifestação de inquietação da Ordem dos Advogados.
O próprio Presidente da República classificou as declarações do PGR como “matéria de grande delicadeza”, o que nos dá a dimensão do que foi dito e da sua relevância no quadro da luta pelo poder e dos ímpetos de algumas forças para coarctar os direitos, liberdades e garantias dos cidadãos, com recurso a meios ilegítimos e danosos para a democracia formal, porque a outra há muito que já rumou a paragens longínquas.
Pinto Monteiro, que não é ingénuo, nem distraído, deixou um recado claro e inequívoco ao Director da Policia Judiciária e à estrutura que controla as escutas. E o recado é muito simples, deixem-se de brincadeiras, parem de me escutar, que eu sei e escusam de o fazer para me pressionar no que quer que seja.
Isto é, Pinto Monteiro deu dois sinais, um que não tem medo do poder que alguns sectores exercem, à margem da lei, outro que pretende metê-los na ordem.
Em simultâneo, deixou um recado ao poder político, de que se afirma distante e independente que, ou estão com ele, ou deixam de contar com a sua colaboração para acabar com a ilegalidade das escutas em pré-inquéritos, em acções secretas, em actos de mero controlo da vida dos cidadãos, à pesca de algo, nem que seja para exercer uma pressãozinha, através da divulgação dessas escutas, normalmente descontextualizadas e seleccionadas milimétricamente.
E, chegados aqui, entramos na questão do Código de Processo Penal e na penalização da divulgação da transcrição das escutas.
O magno problema desta medida, é que impede os manipuladores das escutas, aqueles que fazem escutas ilegais, de as fornecerem aos jornalistas para, desse modo, assassinarem psicologicamente cidadãos, uma vez que os jornais não as podem transcrever.
Ou seja, aqueles que se apoderaram de um instrumento de controlo da vida dos portugueses e que têm, até aqui, utilizado esse meio a seu belo prazer, perdem esse domínio porque o mensageiro não pode levar a mensagem. E eles, despidos do poder de destruir cidadãos, ficam com uma mão cheia de nada.
Pinto Monteiro foi incisivo e colocou o dedo na ferida que putrefaz o Estado de Direito, isto é, alertou para o facto de a democracia se confrontar com um poder ilegítimo que, em nome da defesa dessa democracia, a corrompe.
Torna-se premente que Pinto Monteiro e o Governo vão mais longe e ponham termo a este cancro antidemocrático.
vitor.m.fonseca@gmail.com
quinta-feira, 11 de outubro de 2007
Uma escola de proximidade
As propostas que o Presidente da República apresentou no dia da República não são novas, nem originais, apesar de merecerem outra leitura vindas de quem vêm.
Desde há muito tempo, ainda Cavaco Silva era primeiro-ministro, que muitos defendiam a implosão do “monstro” da 5 de Outubro – vejam lá as voltas do Mundo – e a descentralização da educação, com a passagem para o poder local da responsabilidade na gestão das escolas e na contratação dos professores.
Esta mudança de paradigma, como descobriu, agora, José Manuel Fernandes, - certamente porque andou distraído durante muitos anos -, com o apelo a uma nova forma de cidadania, representa o pensamento de todos os que sempre contestaram um ministério descontrolado, repleto de parasitas, disfuncional, afastado da realidade da nossa sociedade e, além do mais, dissipador até dizer basta.
Já que se fala em mudança de paradigma, seria útil que o Tribunal de Contas viesse dizer aos portugueses o custo, desde 1974, dos erros, dos disparates e da inépcia de quem governou, da 5 de Outubro, o ensino no nosso País. E que o Tribunal de Constas apresentasse um estudo da relação custo/benefício, ou seja, quais as vantagens do sistema educativo na formação dos portugueses e quais os ganhos de produtividade fruto do sistema de ensino.
Só por curiosidade, este estudo deveria ser comparativo com os restantes países da União Europeia e fazer a análise dos benefícios técnicos da formação, sector em foram gastos milhões de euros.
Se é para mudar de paradigma e devolver a cidadania aos cidadãos, então que se vá até ao fim e não se tenha medo de chamar os nomes às coisas e dizer de quem é a responsabilidade, ao longo dos anos, do estado caótico a que chegou o ensino em Portugal.
E, a este propósito, talvez fosse útil dar ouvidos a Medina Carreira, que defende, e bem, a aposta nas escolas técnicas, como factor essencial à produtividade e à melhoria do ensino em Portugal.
Estou certo que Cavaco Silva, que estudou no ensino comercial, uma das vertentes do ensino técnico, não diria que não a esta aposta.
Desde há muito tempo, ainda Cavaco Silva era primeiro-ministro, que muitos defendiam a implosão do “monstro” da 5 de Outubro – vejam lá as voltas do Mundo – e a descentralização da educação, com a passagem para o poder local da responsabilidade na gestão das escolas e na contratação dos professores.
Esta mudança de paradigma, como descobriu, agora, José Manuel Fernandes, - certamente porque andou distraído durante muitos anos -, com o apelo a uma nova forma de cidadania, representa o pensamento de todos os que sempre contestaram um ministério descontrolado, repleto de parasitas, disfuncional, afastado da realidade da nossa sociedade e, além do mais, dissipador até dizer basta.
Já que se fala em mudança de paradigma, seria útil que o Tribunal de Contas viesse dizer aos portugueses o custo, desde 1974, dos erros, dos disparates e da inépcia de quem governou, da 5 de Outubro, o ensino no nosso País. E que o Tribunal de Constas apresentasse um estudo da relação custo/benefício, ou seja, quais as vantagens do sistema educativo na formação dos portugueses e quais os ganhos de produtividade fruto do sistema de ensino.
Só por curiosidade, este estudo deveria ser comparativo com os restantes países da União Europeia e fazer a análise dos benefícios técnicos da formação, sector em foram gastos milhões de euros.
Se é para mudar de paradigma e devolver a cidadania aos cidadãos, então que se vá até ao fim e não se tenha medo de chamar os nomes às coisas e dizer de quem é a responsabilidade, ao longo dos anos, do estado caótico a que chegou o ensino em Portugal.
E, a este propósito, talvez fosse útil dar ouvidos a Medina Carreira, que defende, e bem, a aposta nas escolas técnicas, como factor essencial à produtividade e à melhoria do ensino em Portugal.
Estou certo que Cavaco Silva, que estudou no ensino comercial, uma das vertentes do ensino técnico, não diria que não a esta aposta.
Vítor Fonseca
vitor.m.fonseca@gmail.com
segunda-feira, 8 de outubro de 2007
domingo, 7 de outubro de 2007
Porto Canal
"Especial Debate", programa semanal no Porto Canal
07-10-2007
Debate sóbrio e esclarecedor, dirigido pela jornalista Leonor Ferreira, sobre as diversas questões que se colocam ao PSD neste momento, ao seu Grupo Parlamentar e ao seu actual líder.
Pontos de vista do norte do País que nos convida a outro olhar.
Crenças
"Acredite apenas no que seus olhos vêem e seus ouvidos ouvem!
Também não acredite no que seus olhos vêem e seus ouvidos ouvem!
Saiba também que não crer algo significa algo crer!"
Bertolt Brecht
Também não acredite no que seus olhos vêem e seus ouvidos ouvem!
Saiba também que não crer algo significa algo crer!"
Bertolt Brecht
segunda-feira, 1 de outubro de 2007
Myanmar, milhares de mortos massacrados
"Myanmar: Milhares de mortos no massacre lançados na selva.
Milhares de manifestantes morreram em Myanmar nos protestos contra a junta militar que governa o país, tendo centenas de corpos de monges executados sido lançados na selva, noticia hoje o Daily Mail, citando um antigo membro agente secreto da junta birmanesa, Hla Win.
«Foram mortas nos últimos dias muito mais pessoas do que vocês ouviram dizer. Podem ser contados alguns milhares de corpos», disse Hla Win, o oficial dissidente de mais alta patente até à data.
Win, que falava em conjunto com um diplomata sueco que afirmava que a revolta tinha falhado, disse que fugiu quando lhe foi ordenado que participasse no messacre dos monges.
O ex-oficial já se encontra na fronteira com a Tailândia."
«Foram mortas nos últimos dias muito mais pessoas do que vocês ouviram dizer. Podem ser contados alguns milhares de corpos», disse Hla Win, o oficial dissidente de mais alta patente até à data.
Win, que falava em conjunto com um diplomata sueco que afirmava que a revolta tinha falhado, disse que fugiu quando lhe foi ordenado que participasse no messacre dos monges.
O ex-oficial já se encontra na fronteira com a Tailândia."
"República independente desde 1948, Myanmar é governada com pulso de ferro por uma Junta Militar, há 45 anos. No poder em 1962, com um golpe militar, os generais assumem os destinos do país (ainda com a designação Birmânia). Ne Win inaugura o que classifica como “a via birmanesa para o socialismo” – nacionaliza a economia, cria um Estado unipartidário e extingue a imprensa independente. Está instalada a ditadura. Aung San Suu Kyi é a face visível da oposição ao regime, desde o final dos anos 80, quando a população acorda de um estado letárgico de 26 anos, desde o início da ditadura de Ne Win. Quase 30 anos depois do golpe militar de 62, o general convertera um dos países mais prósperos da Ásia num dos mais pobres do Mundo. Nas universidades, começam os primeiros protestos pró-democracia, detonados pela degradação da economia. Agosto de 1988 fica registado na História, com centenas de estudantes a morrer às mãos da repressão militar contra as manifestações, em Rangun. Conscientes da febre revolucionária que se vive no país, os generais convocam eleições livres, mas sem imaginar a dramática derrota que esperava o regime: A Liga Nacional pela Democracia (LND) conquista 396 dos 485 assentos parlamentares. Ainda assim, os militares negam-se a transferir o Governo. A Junta Militar permanece, ilegalmente, no poder. É redigida uma nova Constituição e os deputados eleitos da LND constituem um Governo no exílio. Em 1989, a Junta adopta a designação de Myanmar, em vez de Birmânia.Em 1991, Aung San Suu Kyi, líder da LND, símbolo internacional da resistência pacífica e filha do general Aung San – herói da independência - recebe o Nobel da Paz, sob prisão domiciliária que se prolonga até à actualidade. Em 2006, é pela primeira vez permitido o contacto internacional de Suu Kyi, numa entrevista com o enviado especial das Nações Unidas. “A revolução de açafrão” Os protestos começaram em Agosto deste ano, num movimento contras as duras medidas económicas impostas pelo regime – que eleva em 500 por cento o preço dos combustíveis (petróleo e gás). Centenas de activistas são presos. Em Pakokku, um grupo de monges sai às ruas reclamando democracia, recebendo como resposta a agressão do Exército (em Myanmar, os monges - cerca de 400 mil - são tradicionalmente venerados, pelo que a sua participação nos protestos tem um peso significativo).O gesto do regime indigna religiosos e população civil. É exigido ao Governo um pedido de desculpas mas, findo o prazo dado para o efeito, os monges saem às ruas, apoiados por milhares de civis. A cor das suas túnicas apelida a revolução que encabeçam de “revolução de açafrão”. Com o passar dos dias, as marchas de protesto budistas ganham politização, com elementos da Liga Nacional pela Democracia entre os manifestantes. Entre 50 a cem mil pessoas saem às ruas de Rangun. O Exército ameaça recorrer à força. Monges e população resistem, desafiando o regime repressivo de mais de quatro décadas."
Movimento dos Trabalhadores Portadores de Deficiência em Defesa dos Benefícios Fiscais
A humanidade passa, hoje, pela maior possibilidade de mudança da história, através de todos os meios de informação, passa, também, pela maior crise de normose, autismo e indiferença, na sua postura para consigo própria e com o meio.
http://mtpd.blogspot.com
in http://mtpd.blogspot.com/
Este blogue tem a pretensão de alertar, partilhar e informar, meios que contribuam para a um novo paradigma social, uma nova consciência que conduza a uma sociedade mais equilibrada, à responsabilidade de cada individuo pela sua contribuição para uma humanização que urge, à dignidade e respeito pela vida humana e pelo planeta Terra que habitamos.
Recebi um mail do Movimento dos Trabalhadores Portadores de Deficiência em Defesa dos Beneficios Fiscais, denunciando a redução dos beneficios fiscais, no Orçamento de 2007, os beneficios que os portadores de deficiência tinham direito desde 1988 e sugerindo a divulgação da sua causa através do seu blog:
http://mtpd.blogspot.com
"Somos o Movimento de Trabalhadores Portadores de Deficiência em Defesa dos Benefícios Fiscais (MTPD-BF), um movimento cívico, independente e apartidário, criado com o fim específico de lutar contra as drásticas reduções dos benefícios fiscais em sede de IRS, de que beneficiávamos desde 1988, impostas pela Lei do Orçamento de 2007.O agravamento dos impostos resultante destas alterações pode ultrapassar os 700% no caso dos rendimentos do trabalho e 900% no caso das pensões. Os custos da deficiência não se limitam aos custos de saúde, embora as pessoas com deficiência sejam as primeiras vitimas do encarecimento e entraves de acesso aos cuidados de saúde que estão a verificar-se.Para além destas, os cidadãos com deficiência e as suas familias, estão sujeitos a um conjunto de despesas acrescidas para poderem usufruir de um nível de vida mais próximo do dos restantes cidadãos. Custos de transporte, aquisição de serviços vários (já pensou que um professor cego tem de pagar a alguém para lhe ler os trabalhos dos alunos? Que um deficiente motor tem de viver numa casa adaptada?), elevam os custos da deficiência a níveis estimados, em Espanha, (para Portugal não conhecemos tais estudos...) para um cego total, em 25000 euros por ano.Qualquer trabalhador que tiver a infelicidade de ter um acidente ou de contrair uma doença incapacitante constatará o que afirmamos. Não podemos, por isso, aceitar que o Governo reduza, a partir de 2009, para um máximo de 100 euros mensais os referidos benefícios. Com tal valor, o Governo vai baixar drasticamente os rendimentos e a qualidade de vida de quem deu toda a vida, e continua a dar, um esforço acrescido para produzir o mesmo que os demais, apesar dos obstáculos, e que só dessa forma conseguiu aceder e se mantém no mercado de trabalho.Afirmando pretender uma mais justa repartição dos recursos, o Governo faz, de facto, pesar unicamente sobre os deficientes que trabalham o custo da solidariedade que deveria ser alargado a toda a comunidade. Exigimos a reposição dos benefícios fiscais na Lei do Orçamento de 2008! Apoie a nossa causa! A nossa luta de hoje pode ser a garantia do seu amanhã!"
in http://mtpd.blogspot.com/
quinta-feira, 27 de setembro de 2007
Região de Turismo Douro Sul - promover o Douro
O Presidente da Região de Turismo Douro Sul promove o lançamento e apresentação pública da revista Douro, Muito Mais do que um Rio.
O lançamento acontece em Lisboa e no Douro no próximo fim-de-semana na Estação do Rossio, dia 29 de Setembro, às 11.00 horas.
Em Lamego, no Aquapura Douro Valley Hotel, dia 30 de Setembro, às 17.00 horas.
O lançamento acontece em Lisboa e no Douro no próximo fim-de-semana na Estação do Rossio, dia 29 de Setembro, às 11.00 horas.
Em Lamego, no Aquapura Douro Valley Hotel, dia 30 de Setembro, às 17.00 horas.
terça-feira, 25 de setembro de 2007
Para onde vai a Justiça?
Uma notícia, com base em dados do Instituto Nacional de Estatística, informava que o número de arguidos em Portugal ascendia a 104.969 no final de 2004, ou seja, cerca de 1% da população do país tinha este estatuto, que começa constituir a marca de água da cidadania. De uma cidadania dividida entre os bons, os que administram a justiça em nome do povo e os maus, o próprio povo a quem os democratas de Abril e os militares retiraram o poder de escolher, por voto secreto e universal, aqueles que administrariam a tal justiça.
Traduzindo este percentual em números mais legíveis, um em cada cem portugueses é arguido. Para um País que, até há pouco tempo, não se encontrava confrontado por uma criminalidade violenta não está mal.
A este propósito, e face às críticas de José Sócrates imputando ao PSD a responsabilidade por criar um factor de perturbação na sociedade, empolando o clima de criminalidade que se vive e que os serviçais do Governo nos media não conseguem evitar que se noticie, lembro a histeria de António Guterres quando a sua mulher foi assaltada à porta de sua casa. Quando o Governo era do PSD e os índices de criminalidade bem mais reduzidos do que neste tempo de descontrolo na segurança dos cidadãos.
Mas, voltando à estatística, que não mente, torna-se verdadeiramente ridículo e ridiculariza a justiça, pensar-se que um em cada cem portugueses é arguido. Que conceito é este que, em nome de uma suposta defesa dos direitos, liberdades e garantias, transforma os cidadãos em suspeitos da prática de um crime, qualquer que seja a circunstância, a factualidade e as envolventes do caso.
O novo Código de Processo Penal vem alterar, ligeiramente, esta situação, obrigando, em certas situações, à validação judicial da constituição de arguido.
Não nos podemos esquecer que para a generalidade das pessoas o arguido é um criminoso, condenado e culpado.
Nãos nos podemos esquecer que a nossa sociedade está mais mesquinha, mais triste, mais salazarenta, mais ignorante e mais autofágica.
Vivemos num tempo de depressão, com um aumento exponencial do consumo de anti-depressivos e os cidadãos descarregam as suas frustrações nas pequenas maledicências nascidas do impacto da mediatização da justiça.
Talvez fosse tempo de, nas críticas que se fazem ao Código de Processo Penal, incluir a necessidade de se alterar o conceito de arguido, de forma a que só fosse constituído arguido a pessoa sobre quem recaíssem fortes indícios da prática de um crime e não quem fosse objecto de uma qualquer queixa ou investigação sem bases sólidas para levar a uma acusação.
Ainda quanto ao novo Código de Processo Penal, o maior dos erros do legislador socialista foi o de não ter aceite a proposta do PSD em deferir a entrada do Código para Janeiro de 2008. Seria mais racional e permitiria limar algumas arestas, sem pôr em causa as alterações introduzidas que, não sendo as ideais, como acentuou, serenamente, o Presidente da Associação Sindical dos Juizes Portugueses, António Martins, melhoram o que já existia.
Outro dos erros, foi o de não se ter tido coragem política para alterar o conceito de prisão preventiva. A condenação em primeira instância deveria ser a referência limite para aquele conceito. Poder-se-ia dizer que, com uma medida destas, o princípio da presunção de inocência estaria colocado em crise. Discordo, porque apenas seria uma alteração técnica, a qual tinha, obrigatoriamente, de ser acompanhada de prazos rigorosos e curtos para as decisões das instâncias superiores, dando cumprimento a um dos princípios fundamentais de um Estado de Direito, o de uma justiça célere e eficaz.
Outra nota vai para aqueles que clamam contra a libertação de presos em prisão preventiva, já condenados em primeira instância.
Concordo que a libertação, imediata, de alguns desses arguidos, já condenados em primeira instância, vai causar alarme público e coloca em causa a credibilidade da justiça e do Estado.
No entanto, o alarmismo de alguns responsáveis das polícias e do ministério público não passa disso mesmo, porquanto, quer o código revogado, quer o actual, contempla algumas medidas travão para os casos de criminalidade mais grave, que podem continuar, salvo erro, a serem aplicadas.
Quanto ao alarmismo, volto à serenidade de António Martins, que prestou um bom serviço à Justiça, colocando o dedo nas feridas do sistema, mas sem alimentar a onda de alarme público.
O nosso tempo, este mundo informatizado e global, com crime e negócios à escala global, justifica a necessidade de se romper, de vez, com o passado, e criar códigos simples, eficientes e que permitam a realização da justiça. Do Processo Civil ao Processo Penal é tempo de rasgar um passado ilustre, mas que não responde às necessidades actuais da litigância. Com remendos não vamos lá. Apenas criamos mais problemas.
Quanto ao mais, não se compreende, nem se pode aceitar que, num Estado de Direito, entre a investigação, a acusação e a decisão final, com trânsito em julgado, um processo demore anos. Mesmo para casos complexos, como os da criminalidade económica. Para isso existem peritos que podem contribuir com o seu saber para o apoio técnico indispensável à prossecução dos objectivos do combate à criminalidade. Como não se pode aceitar que, entre o momento da prisão preventiva e o julgamento, decorra mais de três anos.
Talvez fosse útil que alguns responsáveis corporativos metessem a mão na consciência e descessem à terra, reconhecendo a sua culpa nesta matéria.
Até porque não podemos ter um estado dentro do Estado, um estado policial que se impôs ao longo dos anos perante um poder político fraco e sempre comprometido.
Talvez seja tempo de se repensar a estrutura da procuradoria, o seu papel e as suas responsabilidades no combate ao crime organizado, violento, mafioso, ao tráfico de armas e de droga, enfim ao crime de uma sociedade no século XXI, atravessada pelo terrorismo e pela insegurança causada por criminosos cada vez mais perigosos. Cabe ao Governo conceder os meios para este combate e exigir resultados. É isto que os portugueses querem, para voltar a acreditar que vivemos num Estado de Direito, com direitos.
Traduzindo este percentual em números mais legíveis, um em cada cem portugueses é arguido. Para um País que, até há pouco tempo, não se encontrava confrontado por uma criminalidade violenta não está mal.
A este propósito, e face às críticas de José Sócrates imputando ao PSD a responsabilidade por criar um factor de perturbação na sociedade, empolando o clima de criminalidade que se vive e que os serviçais do Governo nos media não conseguem evitar que se noticie, lembro a histeria de António Guterres quando a sua mulher foi assaltada à porta de sua casa. Quando o Governo era do PSD e os índices de criminalidade bem mais reduzidos do que neste tempo de descontrolo na segurança dos cidadãos.
Mas, voltando à estatística, que não mente, torna-se verdadeiramente ridículo e ridiculariza a justiça, pensar-se que um em cada cem portugueses é arguido. Que conceito é este que, em nome de uma suposta defesa dos direitos, liberdades e garantias, transforma os cidadãos em suspeitos da prática de um crime, qualquer que seja a circunstância, a factualidade e as envolventes do caso.
O novo Código de Processo Penal vem alterar, ligeiramente, esta situação, obrigando, em certas situações, à validação judicial da constituição de arguido.
Não nos podemos esquecer que para a generalidade das pessoas o arguido é um criminoso, condenado e culpado.
Nãos nos podemos esquecer que a nossa sociedade está mais mesquinha, mais triste, mais salazarenta, mais ignorante e mais autofágica.
Vivemos num tempo de depressão, com um aumento exponencial do consumo de anti-depressivos e os cidadãos descarregam as suas frustrações nas pequenas maledicências nascidas do impacto da mediatização da justiça.
Talvez fosse tempo de, nas críticas que se fazem ao Código de Processo Penal, incluir a necessidade de se alterar o conceito de arguido, de forma a que só fosse constituído arguido a pessoa sobre quem recaíssem fortes indícios da prática de um crime e não quem fosse objecto de uma qualquer queixa ou investigação sem bases sólidas para levar a uma acusação.
Ainda quanto ao novo Código de Processo Penal, o maior dos erros do legislador socialista foi o de não ter aceite a proposta do PSD em deferir a entrada do Código para Janeiro de 2008. Seria mais racional e permitiria limar algumas arestas, sem pôr em causa as alterações introduzidas que, não sendo as ideais, como acentuou, serenamente, o Presidente da Associação Sindical dos Juizes Portugueses, António Martins, melhoram o que já existia.
Outro dos erros, foi o de não se ter tido coragem política para alterar o conceito de prisão preventiva. A condenação em primeira instância deveria ser a referência limite para aquele conceito. Poder-se-ia dizer que, com uma medida destas, o princípio da presunção de inocência estaria colocado em crise. Discordo, porque apenas seria uma alteração técnica, a qual tinha, obrigatoriamente, de ser acompanhada de prazos rigorosos e curtos para as decisões das instâncias superiores, dando cumprimento a um dos princípios fundamentais de um Estado de Direito, o de uma justiça célere e eficaz.
Outra nota vai para aqueles que clamam contra a libertação de presos em prisão preventiva, já condenados em primeira instância.
Concordo que a libertação, imediata, de alguns desses arguidos, já condenados em primeira instância, vai causar alarme público e coloca em causa a credibilidade da justiça e do Estado.
No entanto, o alarmismo de alguns responsáveis das polícias e do ministério público não passa disso mesmo, porquanto, quer o código revogado, quer o actual, contempla algumas medidas travão para os casos de criminalidade mais grave, que podem continuar, salvo erro, a serem aplicadas.
Quanto ao alarmismo, volto à serenidade de António Martins, que prestou um bom serviço à Justiça, colocando o dedo nas feridas do sistema, mas sem alimentar a onda de alarme público.
O nosso tempo, este mundo informatizado e global, com crime e negócios à escala global, justifica a necessidade de se romper, de vez, com o passado, e criar códigos simples, eficientes e que permitam a realização da justiça. Do Processo Civil ao Processo Penal é tempo de rasgar um passado ilustre, mas que não responde às necessidades actuais da litigância. Com remendos não vamos lá. Apenas criamos mais problemas.
Quanto ao mais, não se compreende, nem se pode aceitar que, num Estado de Direito, entre a investigação, a acusação e a decisão final, com trânsito em julgado, um processo demore anos. Mesmo para casos complexos, como os da criminalidade económica. Para isso existem peritos que podem contribuir com o seu saber para o apoio técnico indispensável à prossecução dos objectivos do combate à criminalidade. Como não se pode aceitar que, entre o momento da prisão preventiva e o julgamento, decorra mais de três anos.
Talvez fosse útil que alguns responsáveis corporativos metessem a mão na consciência e descessem à terra, reconhecendo a sua culpa nesta matéria.
Até porque não podemos ter um estado dentro do Estado, um estado policial que se impôs ao longo dos anos perante um poder político fraco e sempre comprometido.
Talvez seja tempo de se repensar a estrutura da procuradoria, o seu papel e as suas responsabilidades no combate ao crime organizado, violento, mafioso, ao tráfico de armas e de droga, enfim ao crime de uma sociedade no século XXI, atravessada pelo terrorismo e pela insegurança causada por criminosos cada vez mais perigosos. Cabe ao Governo conceder os meios para este combate e exigir resultados. É isto que os portugueses querem, para voltar a acreditar que vivemos num Estado de Direito, com direitos.
Vítor Fonseca
segunda-feira, 17 de setembro de 2007
Metade do poder de compra em Portugal concentra-se em 20 concelhos
Em 2005, metade do poder de compra nacional estava concentrado em 20 concelhos, e apenas 43 municípios do país, a maioria com mais de 10 mil habitantes, apresentavam um poder de compra por habitante superior à média nacional. Os números são de um estudo hoje divulgado pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).
Na sétima edição do estudo sobre o poder de compra, referente a 2005, o INE disponibiliza os dados relativos ao poder de compra por habitante, percentagens relativas em termos nacionais e ao factor dinamismo relativo, que mede o poder de compra decorrente dos fluxos populacionais de cariz turístico, para todos os municípios do país.
Na sétima edição do estudo sobre o poder de compra, referente a 2005, o INE disponibiliza os dados relativos ao poder de compra por habitante, percentagens relativas em termos nacionais e ao factor dinamismo relativo, que mede o poder de compra decorrente dos fluxos populacionais de cariz turístico, para todos os municípios do país.
Relativamente ao poder de compra por habitante, dos 308 municípios portugueses apenas 43 ultrapassam os valores médios nacionais.
No topo do ranking estão Lisboa, que excede o dobro da média nacional, Oeiras (cerca 73 por cento acima da média), Porto (64 por cento), Cascais (57 por cento), Faro (48 por cento), Alcochete (41 por cento), Albufeira (38 por cento, Coimbra (38 por cento), Funchal (34 por cento) e Montijo (33 por cento acima da média). Já os 10 concelhos com menor poder de compra - Resende, Freixo de Espada à Cinta, Terras de Bouro, Ribeira da Pena, Cinfães, Sernancelhe, Celorico de Basto, Nordeste, Carrazeda de Ansiães e Vinhais - apresentam valores muito abaixo da média nacional. Em termos percentuais, avança o estudo do INE, o concelho de Lisboa concentrava em 2005 mais de 10 por cento do total do poder de compra nacional, Sintra e Porto na ordem dos 4 por cento, Oeiras e Cascais perto de 3 por cento, Vila Nova de Gaia, Loures, Almada, Matosinhos e Amadora cerca de 2 por cento.
Sobre o factor dinamismo relativo, ligado ao turismo, o INE identificou no top 10 do ranking Óbidos e nove concelhos algarvios - Albufeira, Lagoa, Loulé, Vila do Bispo, Lagos, Portimão, Vila Real de Santo António, Aljezur e Castro Marim.
Apesar de os valores mais baixos para este indicador terem sido registados em Lisboa, Coimbra e Oeiras a actividade turística nestes municípios não é "irrelevante", lê-se no relatório do INE. "A influência deste tipo de actividade fica diluída no elevado poder de compra aí manifestado regularmente".
sexta-feira, 14 de setembro de 2007
De um Europeu convicto para os hipócritas
O Dalai Lama vem ao nosso País e o Governo, socialista e laico, recusa-se a recebê-lo, oficialmente. Esta fórmula, aparentemente, não excluiria que o líder espiritual budista fosse recebido oficiosamente, mas para tal seria necessário que o governo tivesse coragem política para afrontar a diplomacia chinesa.
Abre-se aqui um parêntesis para saudar a coragem política de Jaime Gama que vai receber o Dalai Lama, às claras e não num qualquer vão de escada.
Estranha-se, que num mundo em que os direitos humanos e a cidadania são factores cada vez mais relevantes, para o que se entende como o desenvolvimento integral e sustentado dos cidadãos e dos povos, os países ocidentais continuem a vergar-se ao poderio económico e geo-estratégico da China.
Ainda para mais de um país que defende a concepção de um regime – comunista - com dois sistemas – um comunista e um capitalista – e que exerce, com mão de ferro, um capitalismo de Estado, em que os meios de produção estão na mão de alguns, em que uma classe emergente, próxima do poder político enriquece a olhos vistos, mas os trabalhadores continuam explorados e oprimidos, como nem nos piores tempos do capitalismo selvagem se verificava.
Estranha-se que Luís Amado, presidente do Conselho da União Europeia esteja tão empenhado na segunda Cimeira Europa/África e que não se preocupe com a Ásia, zona do Mundo onde os direitos humanos não existem e a exploração e a miséria andam à solta.
Estranha-se que a União Europeia, tão ciosa da sua independência, tão afirmativa em se constituir como uma alternativa aos Estados Unidos, como potência económica, se esqueça do que se passa na China.
Estranha-se que a União Europeia, que quer avançar para uma Europa social, sofra de uma cegueira total perante a política opressiva dos direitos humanos do governo da República Popular da China.
Estranha-se que esta Europa tão democrática, tão humanista, tão culta, seja tão cobarde perante as importações chinesas que em nada contribuem para o aumento da riqueza no espaço europeu e agravam o emprego, num conglomerado cada vez mais ingovernável que dá pelo nome pomposo de Europa.
Para onde vamos não sei, para onde nos querem levar, tenho uma pequena ideia, mas eu, europeísta convicto, não vou por aí, mesmo que tenha de estar sozinho, porque como dizia alguém, mais vale estar só do que mal acompanhado.
Abre-se aqui um parêntesis para saudar a coragem política de Jaime Gama que vai receber o Dalai Lama, às claras e não num qualquer vão de escada.
Estranha-se, que num mundo em que os direitos humanos e a cidadania são factores cada vez mais relevantes, para o que se entende como o desenvolvimento integral e sustentado dos cidadãos e dos povos, os países ocidentais continuem a vergar-se ao poderio económico e geo-estratégico da China.
Ainda para mais de um país que defende a concepção de um regime – comunista - com dois sistemas – um comunista e um capitalista – e que exerce, com mão de ferro, um capitalismo de Estado, em que os meios de produção estão na mão de alguns, em que uma classe emergente, próxima do poder político enriquece a olhos vistos, mas os trabalhadores continuam explorados e oprimidos, como nem nos piores tempos do capitalismo selvagem se verificava.
Estranha-se que Luís Amado, presidente do Conselho da União Europeia esteja tão empenhado na segunda Cimeira Europa/África e que não se preocupe com a Ásia, zona do Mundo onde os direitos humanos não existem e a exploração e a miséria andam à solta.
Estranha-se que a União Europeia, tão ciosa da sua independência, tão afirmativa em se constituir como uma alternativa aos Estados Unidos, como potência económica, se esqueça do que se passa na China.
Estranha-se que a União Europeia, que quer avançar para uma Europa social, sofra de uma cegueira total perante a política opressiva dos direitos humanos do governo da República Popular da China.
Estranha-se que esta Europa tão democrática, tão humanista, tão culta, seja tão cobarde perante as importações chinesas que em nada contribuem para o aumento da riqueza no espaço europeu e agravam o emprego, num conglomerado cada vez mais ingovernável que dá pelo nome pomposo de Europa.
Para onde vamos não sei, para onde nos querem levar, tenho uma pequena ideia, mas eu, europeísta convicto, não vou por aí, mesmo que tenha de estar sozinho, porque como dizia alguém, mais vale estar só do que mal acompanhado.
Vitor Fonseca
terça-feira, 4 de setembro de 2007
Mais desemprego
"Descansa, não penses em mais nada, que até neste país de pelintras se acho normal haver mãos desempregadas e se acha inevitável haver terras por cultivar!".
FMI (José Mário Branco)
"Para ouvir a Ministra a falar hoje na televisão foi necessário fazer um enorme esforço para não vomitar. Aquele ar de Madre Teresa enquanto condenava a futuro de milhares de professores é demasiado revoltante para ser verdade. Claro que a reportagem que antecedeu a sua entrevista, explicou bem todas as vantagens e as maravilhas das soluções governativas. Piscar o olho aos pais, mesmo sabendo que tudo aquilo não passa de demagogia barata, para que continuem a olhar os professores como os maus da fita, continuar com o "internamento" dos nossos filhos nas escolas durante todo o dia, e a famosa autonomia das escolas, desresponsabilizando o Ministério, a caminho da privatização encapotada, tudo foi apresentado como sendo a ultima das maravilhas.
Hoje, mais 45 mil portugueses engrossaram as já longas filas de desemprego. Mais um dia triste neste nosso jardim.
Embora não sendo professor, quero como pai de duas crianças, deixar aqui a minha solidariedade e o meu obrigado a todos aqueles que dedicam o seu tempo a ensinar e a preparar os nossos filhos para o futuro".
sábado, 1 de setembro de 2007
“Pode ser o início ...”
De uma nova forma de fazer política, a interrupção dos ímpetos governamentais em dar como consolidada a localização do aeroporto de Lisboa na OTA.
Começo por uma declaração de princípio, para que não haja qualquer mal entendido, sou contra a solução OTA, para a localização do novo aeroporto internacional de Lisboa, mas tal posição não tem a ver com uma oposição primária à ideia, só por ser do Governo socialista, mas porque sempre entendi que esta seria, ou será, uma má solução para o nosso País.
Discordei da omissão dos anteriores governos do PSD, que não colocaram um fim àquela opção, nem abriram o caminho para o estudo de soluções alternativas.
Rejeito, igualmente, a opção Portela + 1, que nada resolve, porquanto manteria em funcionamento um aeroporto que já deveria ter saído dali. Lembro que muitos dos defensores desta opção nunca se opuseram à especulação imobiliária à volta do aeroporto, o que criou as condições para a explosão habitacional naquela zona e potenciou os perigos de um acidente que pode acontecer.
Defendo, desde sempre, que a margem sul seria, ou será, o local próprio para a instalação do novo aeroporto internacional de Lisboa - e talvez fosse bom que a memória do passado relembrasse os motivos que levaram ao afastamento liminar, mesmo sem estudos de impacto ambiental e outros, da opção Rio Frio -, a qual apresenta, como se verifica, agora, pelos estudos efectuados, objecções várias. Mas que nada tiveram a ver com rejeição dos anos sessenta. Essa é outra história.
Por isso, não compreendi a posição do Ministro Mário Lino quanto à rejeição, peremptória, de uma opção a sul do rio Tejo.
Os estudos preliminares do LNEC apontam para a viabilidade da opção Alcochete, uma vez afastada a desaprovação dos militares quanto ao encerramento desta carreira de tiro que, na minha opinião, não tem qualquer justificação para a sua existência, face ao papel das nossas forças armadas no quadro de defesa estratégica da Europa.
Contudo, e apesar de admitir que dificilmente a OTA voltará a ser a escolha final do Governo, não sou crédulo para acreditar que o aparelho socialista, que se empenhou, de forma tão veemente, na escolha da OTA, tenha "deitado a toalha ao chão", desistindo daquilo que era considerado quase um dogma do Partido Socialista.
No entanto, as coisas não estão fáceis, e José Sócrates pode aproveitar para dar um novo rumo ao relacionamento do Governo com a sociedade e com as outras forças políticas.
Da arrogância agressiva e sem limites, pode passar para uma consensualização, aparente, através da qual alcance os mesmos objectivos, mas com menos conflitualidade.
Aceitando Alcochete, caso os estudos comparativos confirmem que é a melhor solução, o Governo pode apresentar-se ao País, como Egas Moniz ao rei de Leão, não em defesa da honra, mas demonstrando capacidade para reconhecer o erro, em nome do superior interesse do País e da redução do défice.
Seria uma nova etapa na estratégia para as eleições legislativas de 2009, travando a crispação, acalmando Belém e retirando espaço de manobra ao PSD.
A decisão de construir o aeroporto em Alcochete representará, segundo dizem os especialistas, uma economia de largos milhões de euros, além de permitir a construção modular, evitando um investimento inicial elevado.
Em tempo de sacrifícios para os contribuintes portugueses, esta opção cairia como "sopa no mel", caso fosse acompanhada por um alívio da carga fiscal.
O ciclo eleitoral é inexorável e nenhum governante resiste à tentação da reeleição, utilizando os meios ao seu alcance para realizar esse objectivo.
Vamos aguardar pelos próximos capítulos, para avaliar qual o compromisso do Governo perante os grandes interesses. É da dialéctica desta relação fáctica que nascerá a opção final para a localização do novo aeroporto internacional de Lisboa.
Começo por uma declaração de princípio, para que não haja qualquer mal entendido, sou contra a solução OTA, para a localização do novo aeroporto internacional de Lisboa, mas tal posição não tem a ver com uma oposição primária à ideia, só por ser do Governo socialista, mas porque sempre entendi que esta seria, ou será, uma má solução para o nosso País.
Discordei da omissão dos anteriores governos do PSD, que não colocaram um fim àquela opção, nem abriram o caminho para o estudo de soluções alternativas.
Rejeito, igualmente, a opção Portela + 1, que nada resolve, porquanto manteria em funcionamento um aeroporto que já deveria ter saído dali. Lembro que muitos dos defensores desta opção nunca se opuseram à especulação imobiliária à volta do aeroporto, o que criou as condições para a explosão habitacional naquela zona e potenciou os perigos de um acidente que pode acontecer.
Defendo, desde sempre, que a margem sul seria, ou será, o local próprio para a instalação do novo aeroporto internacional de Lisboa - e talvez fosse bom que a memória do passado relembrasse os motivos que levaram ao afastamento liminar, mesmo sem estudos de impacto ambiental e outros, da opção Rio Frio -, a qual apresenta, como se verifica, agora, pelos estudos efectuados, objecções várias. Mas que nada tiveram a ver com rejeição dos anos sessenta. Essa é outra história.
Por isso, não compreendi a posição do Ministro Mário Lino quanto à rejeição, peremptória, de uma opção a sul do rio Tejo.
Os estudos preliminares do LNEC apontam para a viabilidade da opção Alcochete, uma vez afastada a desaprovação dos militares quanto ao encerramento desta carreira de tiro que, na minha opinião, não tem qualquer justificação para a sua existência, face ao papel das nossas forças armadas no quadro de defesa estratégica da Europa.
Contudo, e apesar de admitir que dificilmente a OTA voltará a ser a escolha final do Governo, não sou crédulo para acreditar que o aparelho socialista, que se empenhou, de forma tão veemente, na escolha da OTA, tenha "deitado a toalha ao chão", desistindo daquilo que era considerado quase um dogma do Partido Socialista.
No entanto, as coisas não estão fáceis, e José Sócrates pode aproveitar para dar um novo rumo ao relacionamento do Governo com a sociedade e com as outras forças políticas.
Da arrogância agressiva e sem limites, pode passar para uma consensualização, aparente, através da qual alcance os mesmos objectivos, mas com menos conflitualidade.
Aceitando Alcochete, caso os estudos comparativos confirmem que é a melhor solução, o Governo pode apresentar-se ao País, como Egas Moniz ao rei de Leão, não em defesa da honra, mas demonstrando capacidade para reconhecer o erro, em nome do superior interesse do País e da redução do défice.
Seria uma nova etapa na estratégia para as eleições legislativas de 2009, travando a crispação, acalmando Belém e retirando espaço de manobra ao PSD.
A decisão de construir o aeroporto em Alcochete representará, segundo dizem os especialistas, uma economia de largos milhões de euros, além de permitir a construção modular, evitando um investimento inicial elevado.
Em tempo de sacrifícios para os contribuintes portugueses, esta opção cairia como "sopa no mel", caso fosse acompanhada por um alívio da carga fiscal.
O ciclo eleitoral é inexorável e nenhum governante resiste à tentação da reeleição, utilizando os meios ao seu alcance para realizar esse objectivo.
Vamos aguardar pelos próximos capítulos, para avaliar qual o compromisso do Governo perante os grandes interesses. É da dialéctica desta relação fáctica que nascerá a opção final para a localização do novo aeroporto internacional de Lisboa.
Vitor Fonseca
segunda-feira, 27 de agosto de 2007
A União Europeia deve ter até 2013 um parque de produção de energia solar com 300 megawatts de potência total, capaz de abastecer mais de 300 mil residências.
O anúncio foi feito nesta sexta-feira em Bruxelas, durante a inauguração da primeira central do futuro parque termoeléctrico, construída em Sevilha, no sul da Espanha.
Chamada PS10, a primeira central tem capacidade para produzir 23 gigawatts de electricidade por ano, quantidade suficiente para abastecer uma localidade de até 10 mil residências.
Com essa produção de energia solar, a UE poderá deixar de emitir anualmente quase 16 mil toneladas de CO2.
“Estas novas tecnologias dão à Europa una nova opção para lutar contra a mudança climática e aumentar a segurança energética”, disse o comissário europeu de Energia, Andris Pielbags, recordando o plano da União Européia de que 20% de toda a energia consumida pelo bloco venha de fontes renováveis até 2020.
O projeto, realizado pela empresa espanhola Abengoa, custou 35 milhões de euros e foi parcialmente financiado pela União Européia.
A PS10 é a primeira planta termoeléctrica da Europa que produz energia por meio de concentração solar.
Com essa tecnologia, 624 espelhos móveis (heliostatos), cada um com 120 metros quadrados de superfície, direccionam a radiação solar a uma torre de 115 metros de altura. Ali, a radiação é concentrada em um receptor e transformada em electricidade por uma usina de vapor.
Portugal inaugurou o que classificou de “a maior usina de energia solar do mundo”, uma central capaz de fornecer eletricidade a até 8 mil residências.
Construída por empresas portuguesas e americanas, perto da cidade de Serpa, na região do Alentejo, no sul do país, a usina funciona com tecnologia fotovoltaica, diferente da espanhola, mas que não perde nada em eficiência.
O anúncio foi feito nesta sexta-feira em Bruxelas, durante a inauguração da primeira central do futuro parque termoeléctrico, construída em Sevilha, no sul da Espanha.
Chamada PS10, a primeira central tem capacidade para produzir 23 gigawatts de electricidade por ano, quantidade suficiente para abastecer uma localidade de até 10 mil residências.
Com essa produção de energia solar, a UE poderá deixar de emitir anualmente quase 16 mil toneladas de CO2.
“Estas novas tecnologias dão à Europa una nova opção para lutar contra a mudança climática e aumentar a segurança energética”, disse o comissário europeu de Energia, Andris Pielbags, recordando o plano da União Européia de que 20% de toda a energia consumida pelo bloco venha de fontes renováveis até 2020.
O projeto, realizado pela empresa espanhola Abengoa, custou 35 milhões de euros e foi parcialmente financiado pela União Européia.
A PS10 é a primeira planta termoeléctrica da Europa que produz energia por meio de concentração solar.
Com essa tecnologia, 624 espelhos móveis (heliostatos), cada um com 120 metros quadrados de superfície, direccionam a radiação solar a uma torre de 115 metros de altura. Ali, a radiação é concentrada em um receptor e transformada em electricidade por uma usina de vapor.
Portugal inaugurou o que classificou de “a maior usina de energia solar do mundo”, uma central capaz de fornecer eletricidade a até 8 mil residências.
Construída por empresas portuguesas e americanas, perto da cidade de Serpa, na região do Alentejo, no sul do país, a usina funciona com tecnologia fotovoltaica, diferente da espanhola, mas que não perde nada em eficiência.
Fonte: BBC-Brasil
sábado, 25 de agosto de 2007
Perfil das mulheres e das crianças no Iraque
- Cerca de 25% das crianças com menos de cinco anos de idade, do sul e centro do Iraque, sofrem de desnutrição crónica.
- Uma em cada quatro crianças entre seis e doze anos não frequenta a escola.
- Há grande declínio no número de mulheres adultas alfabetizadas.
- Doenças de fácil prevenção, como a diarréia e infecções respiratórias, são apontadas como causadoras de 70% das mortes infantis.
- Houve um crescimento agudo na taxa de mortalidade materna por falta de cuidados obstétricos de emergência durante complicações na gravidez e no parto.
- O sistema de abastecimento de água no Iraque, que ficou comprometido durante os anos 90, ainda não foi completamente restaurado.
- A mortalidade infantil hoje, 107 mortos por 1000 nascidos, representa mais do que o dobro da taxa registrada no final dos anos 80.
Fonte: Unicef
http://minds-palavrasoltas.blogspot.com/
sexta-feira, 24 de agosto de 2007
Luzes e Sombras
A Mentira é a Base da Civilização Moderna
"É na faculdade de mentir, que caracteriza a maior parte dos homens actuais, que se baseia a civilização moderna. Ela firma-se, como tão claramente demonstrou Nordau, na mentira religiosa, na mentira política, na mentira económica, na mentira matrimonial, etc...
"É na faculdade de mentir, que caracteriza a maior parte dos homens actuais, que se baseia a civilização moderna. Ela firma-se, como tão claramente demonstrou Nordau, na mentira religiosa, na mentira política, na mentira económica, na mentira matrimonial, etc...
A mentira formou este ser, único em todo o Universo: o homem antipático.
Actualmente, a mentira chama-se utilitarismo, ordem social, senso prático; disfarçou-se nestes nomes, julgando assim passar incógnita. A máscara deu-lhe prestígio, tornando-a misteriosa, e portanto, respeitada. De forma que a mentira, como ordem social, pode praticar impunemente, todos os assassinatos; como utilitarismo, todos os roubos; como senso prático, todas as tolices e loucuras.
A mentira reina sobre o mundo! Quase todos os homens são súbditos desta omnipotente Majestade.
A mentira reina sobre o mundo! Quase todos os homens são súbditos desta omnipotente Majestade.
Derrubá-la do trono; arrancar-lhe das mãos o ceptro ensaguentado, é a obra bendita que o Povo, virgem de corpo e alma, vai realizando dia a dia, sob a direcção dos grandes mestres de obras, que se chamam Jesus, Buda, Pascal, Spartacus, Voltaire, Rousseau, Hugo, Zola, Tolstoi, Reclus, Bakounine, etc. etc. ... E os operários que têm trabalhado na obra da Justiça e do Bem, foram os párias da Índia, os escravos de Roma, os miseráveis do bairro de Santo António, os Gavroches, e os moujiks da Rússia nos tempos de hoje.
Porque é que só a gente sincera, inculta e bárbara sabe realizar a obra que o génio anuncia? Que intimidade existirá entre Jesus e os rudes pescadores da Galileia? Entre S. Paulo e os escravos de Roma? Entre Danton e os famintos do bairro de Santo António? Entre os párias e Buda? Entre Tolstoi e os selvagens moujiks?
A enxada será irmã da pena? A fome de pão paracer-se-à com a fome de luz?... "
Teixeira de Pascoaes
in "A Saudade e o Saudosismo"
- Luzes e Sombras...,
obram ainda na horizontalidade da Ignorância, como opostos, mentem transversos pela sua raíz.
Significativo o post... interessante a espinha dorsal do "Jaguar".
Hari
quinta-feira, 23 de agosto de 2007
“Navegar é preciso”
(O Fausto que me perdoe...)
O Governo socialista navega entre opções de direita, esclerosada, merecendo os elogios de uma classe empresarial retrógrada que anseia ser sustentada pelo Estado, e uma demagogia populista, estilo Chávez, na busca do equilíbrio instável dos contrários (versão maoista-chique), como se fosse a panaceia para um Portugal adormecido e empobrecido.
Navegando entre aquelas margens estreitas, semelhantes na sua pobreza de ideias quanto ao futuro do País, o Governo tentar manter à tona um barco, cada dia mais rombo, sem porto de chegada e sem esperança de encontrar o caminho, nem que seja para o outro lado do Tejo. Por pura inépcia dos governantes seria mais do que certo que o barco se afundaria mal soltasse as amarras do "cais das colunas", que um anterior governo socialista desmantelou para construir, a peso de ouro e de especiarias, uma linha de metro que poderia ter sido de superfície, mas que sairia mais económica e muito menos rentável para as empresas envolvidas no processo.
Assistimos, nos últimos meses, a um acentuado desnorte do executivo, que ultrapassa, em muito, as simples trapalhadas por ausência do primeiro-ministro, transformando-se num caso patológico de autismo, que ataca os ministros e o grupo parlamentar socialista.
"Estava na cara", - desculpem o recurso a esta expressão brasileira -, que a legislação fiscal, aprovada na Assembleia da República, de abertura "punitiva" do levantamento do sigilo bancário, nos casos de reclamação graciosa ou de impugnação judicial, constituía-se como "uma limitação do exercício de reclamação e impugnação", tratando-se, igualmente, de "uma medida desproporcionada para os fins a que se destina", como decidiu, e bem, o Tribunal Constitucional (a votação, de tão expressiva, exclui comentários canhestros como os que foram proferidos por um conhecido fiscalista).
Esta medida legislativa, proposta pelo Governo, e acolhida, sem pudor, pelo grupo parlamentar, visava dar um toque demagógico e populista à governação, um pequeno doce à esquerda, como compensação pelas "tropelias" em matéria dos direitos dos trabalhadores, da segurança social e do desmantelamento do sistema nacional de saúde.
É claro que, esta esquerda portuguesa, triste e fandanga, delirou com a possibilidade de devassar as contas bancárias dos contribuintes que reclamassem de decisões da administração fiscal.
Os demagogos "chavistas", que defendem o sacrossanto poder dos funcionários das finanças, não entendem que os verdadeiros faltosos não querem reclamar, pela simples razão que não pagam impostos.
Este mecanismo, visava intimidar os contribuintes cumpridores para que não reclamassem, quando entendessem que estavam a ser espoliados pela administração fiscal, mas que não querem ver a sua conta escancarada por um qualquer chefe de finanças.
O Fisco tem mecanismos que permitem o acesso às contas bancárias, por decisão judicial e que salvaguarda os princípios do Estado de Direito.
O Governo tinha perfeita consciência que estava a violar a Constituição da República, mas avançou, racionalmente, nesta opção para contentar a esquerda e empurrar a responsabilidade pela não aprovação da lei para o Tribunal Constitucional e para o Presidente da República.
Deste modo, assegurou que as coisas ficariam como estavam, empurrando o ónus da recusa para outros, num claríssimo sinal de que a famosa veia reformadora não passa de uma cena teatral, desempenhada por actores contratados num qualquer casting de uma empresa de "vão de escada".
Sejamos claros, este governo, que nos irá conduzir às tormentas do "Cabo" que desta vez não é "da Boa Esperança", tem de ser travado antes que seja tarde. Porque outra legislatura liderada por José Sócrates vai obrigar-nos a emigrar, tal como nos anos sessenta. Só que a Europa está diferente e o futuro pode ser bem amargo.
O Governo socialista navega entre opções de direita, esclerosada, merecendo os elogios de uma classe empresarial retrógrada que anseia ser sustentada pelo Estado, e uma demagogia populista, estilo Chávez, na busca do equilíbrio instável dos contrários (versão maoista-chique), como se fosse a panaceia para um Portugal adormecido e empobrecido.
Navegando entre aquelas margens estreitas, semelhantes na sua pobreza de ideias quanto ao futuro do País, o Governo tentar manter à tona um barco, cada dia mais rombo, sem porto de chegada e sem esperança de encontrar o caminho, nem que seja para o outro lado do Tejo. Por pura inépcia dos governantes seria mais do que certo que o barco se afundaria mal soltasse as amarras do "cais das colunas", que um anterior governo socialista desmantelou para construir, a peso de ouro e de especiarias, uma linha de metro que poderia ter sido de superfície, mas que sairia mais económica e muito menos rentável para as empresas envolvidas no processo.
Assistimos, nos últimos meses, a um acentuado desnorte do executivo, que ultrapassa, em muito, as simples trapalhadas por ausência do primeiro-ministro, transformando-se num caso patológico de autismo, que ataca os ministros e o grupo parlamentar socialista.
"Estava na cara", - desculpem o recurso a esta expressão brasileira -, que a legislação fiscal, aprovada na Assembleia da República, de abertura "punitiva" do levantamento do sigilo bancário, nos casos de reclamação graciosa ou de impugnação judicial, constituía-se como "uma limitação do exercício de reclamação e impugnação", tratando-se, igualmente, de "uma medida desproporcionada para os fins a que se destina", como decidiu, e bem, o Tribunal Constitucional (a votação, de tão expressiva, exclui comentários canhestros como os que foram proferidos por um conhecido fiscalista).
Esta medida legislativa, proposta pelo Governo, e acolhida, sem pudor, pelo grupo parlamentar, visava dar um toque demagógico e populista à governação, um pequeno doce à esquerda, como compensação pelas "tropelias" em matéria dos direitos dos trabalhadores, da segurança social e do desmantelamento do sistema nacional de saúde.
É claro que, esta esquerda portuguesa, triste e fandanga, delirou com a possibilidade de devassar as contas bancárias dos contribuintes que reclamassem de decisões da administração fiscal.
Os demagogos "chavistas", que defendem o sacrossanto poder dos funcionários das finanças, não entendem que os verdadeiros faltosos não querem reclamar, pela simples razão que não pagam impostos.
Este mecanismo, visava intimidar os contribuintes cumpridores para que não reclamassem, quando entendessem que estavam a ser espoliados pela administração fiscal, mas que não querem ver a sua conta escancarada por um qualquer chefe de finanças.
O Fisco tem mecanismos que permitem o acesso às contas bancárias, por decisão judicial e que salvaguarda os princípios do Estado de Direito.
O Governo tinha perfeita consciência que estava a violar a Constituição da República, mas avançou, racionalmente, nesta opção para contentar a esquerda e empurrar a responsabilidade pela não aprovação da lei para o Tribunal Constitucional e para o Presidente da República.
Deste modo, assegurou que as coisas ficariam como estavam, empurrando o ónus da recusa para outros, num claríssimo sinal de que a famosa veia reformadora não passa de uma cena teatral, desempenhada por actores contratados num qualquer casting de uma empresa de "vão de escada".
Sejamos claros, este governo, que nos irá conduzir às tormentas do "Cabo" que desta vez não é "da Boa Esperança", tem de ser travado antes que seja tarde. Porque outra legislatura liderada por José Sócrates vai obrigar-nos a emigrar, tal como nos anos sessenta. Só que a Europa está diferente e o futuro pode ser bem amargo.
Vitor Fonseca
vitor.m.fonseca@gmail.com
terça-feira, 21 de agosto de 2007
“A verdade, quando impedida de marchar, refugia-se no coração dos homens e vai ganhando em profundidade o que parece perder em superfície...
Um dia, essa verdade obscura, sobe das profundidades onde se exilara e surge tão forte claridade, que rasga as trevas do Mundo.”
* Francisco Rolão Preto (Gavião 1893 – Lisboa 1977) Foi um dos fundador do Integralismo Lusitano, e Chefe do Nacional-Sindicalismo.
Al Gore diz que empresas dos EUA acordaram para o efeito de estufa
Empresas dos Estados Unidos acordaram para a crise climática, mas a administração do presidente George W. Bush está a falhar em agir rápido o suficiente, de acordo com o ex-vice-presidente americano Al Gore.
Numa nova edição de seu livro "Earth in the balance", Gore afirma que Wall Street e prefeitos de cidades por todo o país começaram a agir e, apesar de o tempo estar a esgotar-se, a batalha não está perdida.
"Wall Street sabe que temos um problema, e acredito que com os sinais e investimentos certos podemos criar os tipos de parcerias público-privadas que vão desencadear o poder dos mercados para resolver a crise climática", escreveu Gore.
Cientistas prevêem que as temperaturas médias globais vão aumentar entre 1,8º C e 4º C neste século devido à queima de combustíveis fósseis para energia e transporte, causando fome e tempestades e colocando em risco milhões de vidas.
No novo prefácio, Gore, que diz que a humanidade está em rota de colisão com a natureza, acusa a administração Bush de ser a ferramenta das potências petrolíferas para enfraquecer os alertas de cientistas.
O ex-candidato à Presidência afirmou que a ciência da mudança climática não está mais em disputa, e que o que falta é a vontade política de traduzir isso em acção efectiva.
"A menos que tomemos atitudes com coragem e rapidamente... estamos em grave perigo de cruzar o ponto em que não há mais retorno dentro dos próximos 10 anos", escreveu ele.
O prefácio foi escrito antes de Bush dizer, no mês passado, que convocaria uma reunião neste ano entre os maiores poluidores mundiais para discutir cortes a longo prazo das emissões de carbono - um evento que ambientalistas criticam como sendo uma forma de minar o Protocolo de Kyoto.
notícia publicada em 19/06/2007,
in Portal Ambiental
sexta-feira, 17 de agosto de 2007
Medicamentos de venda livre
"A e-Konoklasta chamou à atenção no seu blog para um artigo do DN em que afirma, citando o último estudo da ProTest a partir de uma amostra de 330 farmácias e 205 lojas, que há medicamentos de venda livre que estão a sair da fábrica com o dobro do preço de antes da liberalização.
O artigo diz o seguinte:
Com a liberalização do preço, deixou de haver também margens de lucro fixas para os intervenientes do sector. Dos laboratórios às farmácias, passando pelos grossistas, todos passaram a regular-se apenas pelas regras do mercado livre.
Com a liberalização do preço, deixou de haver também margens de lucro fixas para os intervenientes do sector. Dos laboratórios às farmácias, passando pelos grossistas, todos passaram a regular-se apenas pelas regras do mercado livre.
Partindo da análise dos 20 medicamentos mais vendidos, a Protest conclui que a escalada de preços se deve às farmácias. Se, em média, as lojas vendem 1% mais caro, as farmácias comercializam os medicamentos 6,3% acima de quando o Estado fixava os preços a praticar.
Contactada pelo DN, a Associação Nacional de Farmácias (ANF) escusou-se a dar informações sobre os preços praticados pelos seus associados. E também não adianta quais as margens de lucro que cada estabelecimento segue.
Contactada pelo DN, a Associação Nacional de Farmácias (ANF) escusou-se a dar informações sobre os preços praticados pelos seus associados. E também não adianta quais as margens de lucro que cada estabelecimento segue.
"O Governo entendeu, a dada altura, pôr o mercado a funcionar. E isto é o mercado a funcionar", diz fonte da associação liderada por João Cordeiro.
É, é o mercado a funcionar. Mais propriamente, 95% do mercado.
É, é o mercado a funcionar. Mais propriamente, 95% do mercado.
Quando uma associação detém 95% do mercado sem margens de lucro fixas e se lhe permite não dar justificações sobre os preços praticados, o mercado funciona e bem! Só que no caso da saúde, a liberdade do mercado devia obrigar a outras contas...a limites.
Entretanto, a futura associação de empresas de venda de fármacos não sujeitos a receita médica (MNSRM), anunciada pelo maior grupo de um sector nascido em Setembro do ano passado -a Cotapharma - reafirmou que em causa estão dificuldades de acesso aos distribuidores de fármacos - já amplamente denunciadas e alvo de inspecções do Infarmed ainda sem resultados conhecidos.
Entretanto, a futura associação de empresas de venda de fármacos não sujeitos a receita médica (MNSRM), anunciada pelo maior grupo de um sector nascido em Setembro do ano passado -a Cotapharma - reafirmou que em causa estão dificuldades de acesso aos distribuidores de fármacos - já amplamente denunciadas e alvo de inspecções do Infarmed ainda sem resultados conhecidos.
"a compra de medicamentos aos distribuidores é em média, 8% mais cara para nós do que para as farmácias", disse Rui Santos, do grupo Cota.
Por outro lado, espantaram-me as declarações num dos jornais da noite, da responsável de uma parafarmácia (de quem não retive o nome) quando deu um exemplo das facilidades concedidas pelos laboratórios: qualquer coisa como "em 100 caixas, o laboratório oferece-nos 10 enquanto à farmácia oferece 50".
Por outro lado, espantaram-me as declarações num dos jornais da noite, da responsável de uma parafarmácia (de quem não retive o nome) quando deu um exemplo das facilidades concedidas pelos laboratórios: qualquer coisa como "em 100 caixas, o laboratório oferece-nos 10 enquanto à farmácia oferece 50".
Não é dificil, portanto, tirar algumas conclusões.
Apesar de tudo, há uma noticia boa: diz ainda o artigo que a tutela está, finalmente, a estudar medidas que tornarão obrigatório que as farmácias reportem dados das vendas de remédios em ambulatório à autoridade do medicamento.
Continuo a acreditar que a liberalização tem a obrigação de reduzir os preços mas, se de facto o mercado puder funcionar, porque assim, é difícil. E quando se trata de saúde como um bem a ser salvaguardado, da mesma forma que a intenção da liberalização era a vantagem que o doente supostamente daí devia retirar, se o contrário se verificar, a tutela deve igualmente intervir, sob pena de ser posta em causa a legitimidade da actual legislação."
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